PARTIDO DE EVO DECIDE APROVAR CONSTITUIÇÃO EM BLOCO
Parlamentares da mesa diretora da Assembléia Constituinte boliviana pretendem aprovar a nova Carta do país "em bloco", numa única sessão que ocorrerá no dia 14. A proposta inicial era que o projeto seria discutido artigo por artigo. O anúncio da mudança de planos foi feito em meio a um aumento da tensão entre o presidente Evo Morales e a oposição.
Há uma semana, o projeto da nova Constituição foi aprovado em primeira instância numa sessão realizada na cidade de Sucre. Em entrevista coletiva da qual Evo também participou, os parlamentares - todos do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) - explicaram que esse método foi escolhido para permitir que a Constituição seja aprovada rapidamente, já que as "forças de direita" não querem "refundar o país".
A bancada do MAS foi declarada em "sessão permanente" para acelerar o processo de tramitação do projeto e prometeu submetê-lo a "setores sociais". Líderes políticos e dirigentes dos comitês cívicos dos Departamentos (Estados) de Santa Cruz, Tarija, Beni, Pando, Cochabamba e Chuquisaca iniciam greve de fome nesta segunda-feira para protestar contra a nova Constituição e outras medidas do governo.
O vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera, afirmou que o país mudará a Carta Magna com ou sem a oposição, no prazo final dado à Assembléia Constituinte para aprovar o novo texto. "No dia 14 de dezembro teremos um texto - oxalá com a assinatura dos 255 constituintes. O governo quer um pacto com as minorias", disse García Linera à rede estatal de TV.
"No entanto", acrescentou ele, "só negociará com a outra parte se ela demonstrar vontade". As declarações do vice-presidente acontecem horas depois de uma reunião do chefe de Estado com os constituintes de seu partido, na qual foi anunciado que o texto final da nova Carta Magna será aprovada no último dia do prazo legal, 14 de dezembro.
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