CTB/PR CONVOCA GREVE GERAL PELA REDUÇÃO DA JORNADA
Em seu encontro Estadual de Fundação, realizado no último 25 de abril, a seção paranaense da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-PR), além de referendar as bandeiras nacionais que já haviam sido debatidas no Congresso da CTB
A primeira novidade do dia foi a unânime aprovação de uma moção de repúdio ao governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR-/MT), um dos maiores latifundiários do país, que recentemente declarou que a solução para a crise de alimentos está na ampliação do desmatamento da Amazônia. A CTB/PR reafirmou, assim, seu compromisso com o desenvolvimento voltado aos interesses do povo trabalhador e, por isso, é necessário colocar na ordem do dia a preservação ambiental, em especial da Amazônia, alvo constante de ataques do imperialismo.
Alguns pontos merecem destaque, como a defesa da compulsoriedade e do caráter tributário da contribuição sindical; a luta imediata pela extinção do fator previdenciário; a defesa da manutenção das aposentadorias especiais; a extensão da previdência pública e justa também aos assalariados rurais e agricultores familiares e; o combate firme contra as famigeradas fundações públicas de direito privado que significam, na prática, a privatização dos serviços públicos.
Mas o maior alvoroço foi provocado pela proposta de convocação, conjuntamente às demais centrais, de uma greve geral pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários. O dia proposto é 28 de maio, data acordada entre as centrais para mobilizações conjuntas.
“A proposta da CTB/PR é ir além das manifestações, é construir uma megaparalisação de todas as categorias para obrigar o congresso nacional a aprovar a redução da jornada”, afirmou José Agnaldo Pereira, eleito presidente estadual da CTB. Ademir Mueller, presidente da FETAEP e vice-presidente da CTB/PR, destacou a necessidade da luta pela redução da jornada de trabalho chegar também ao campo, “não dá para conviver mais com trabalhador morrendo no campo devido à estafante jornada de trabalho”, disse.
Mario Ferrari, presidente do Sindicato dos Médicos e secretário de Saúde da CTB/PR, concordou com a proposta, salientando que, “as categorias diferenciadas e os profissionais liberais também são beneficiados diretamente com a redução da jornada, portanto, esta é uma luta fundamental a todos”. Para Jefferson Tramontini, diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e secretário de Imprensa da CTB/PR “o patronato está se armando não só para impedir aredução da jornada de trabalho, mas para eliminar todos os diretos arduamente conquistados pelos trabalhadores, por isso é necessário o enfrentamento, mostrando a força do povo trabalhador em uma greve nacional unificada dia 28 de maio.
Estas foram algumas das propostas aprovadas no Encontro Estadual da CTB/PR e que fazem parte de seu Plano de Lutas:
- Ampliar a luta unificada pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários;
- Convocar, em conjunto com as demais centrais sindicais, uma greve geral pela redução da jornada de trabalho, com indicativo para o dia 28 de maio de 2008;
- Extensão da jornada de trabalho de 40 horas semanais também aos trabalhadores rurais;
- Combate às terceirizações e todas as formas de precarização do trabalho;
- Luta pela ratificação imediata da Convenção 151 da OIT, que garante o direito à negociação coletiva aos servidores públicos;
- Luta pela ratificação imediata da Convenção 158 da OIT, que impede a demissão imotivada;
- Luta contra o trabalho escravo e semelhantes;
- Defesa intransigente da unicidade sindical;
- Defesa da compulsoriedade e da natureza tributária da contribuição sindical;
- Pela ultratividade dos acordos e convenções coletivas de trabalho;
- Luta aprovação da PEC nº 29;
- Pela extinção do fator prvidenciário;
- Previdência pública e justa aos trabalhadores assalariados rurais e agricultores familiares;
- Pela manutenção das aposentadorias especiais;
- Reforma agrária ampla e com crédito fundiário facilitado;
- Combate às fundações públicas de direito privado, que têm por objetivo, na prática, a privatização dos serviços públicos.