Os trabalhadores e luta de classe em curso
*Eduardo Navarro
Imaginem nas olimpíadas, em especial na corrida de obstáculos, onde são colocadas barreiras para dificultar a passagem de o corredor atingir a faixa de chegada. Utilizo desta figura de linguagem para pensar que na sociedade brasileira, como em toda sociedade capitalista, são colocadas barreiras para dificultar à classe trabalhadora a se constituir como classe.
Estas barreiras são deliberadamente colocadas para impedir que os trabalhadores e trabalhadoras tomem consciência de que são iguais aos outros trabalhadores e que possuem os mesmos interesses comuns aos seus pares, portanto estão vinculados à mesma classe social: a classe daqueles que são produtores de toda riqueza, ao passo que são, também, excluídos desta mesma riqueza. Ao mesmo tempo em que conformam a classe trabalhadora, estes se diferenciam da classe possuidora dos meios de produção, que tem interesses irreconciliáveis aos dos trabalhadores.
Está “corrida de obstáculo”, ou o embotamento desta consciência de pertencimento a uma determinada classe, vem embrulhada em diversas “mascaras e disfarces” com o intuito de não aparentar tal propósito, ou seja, age como se fosse algo natural. Estas “mascaras” são estabelecidas por diversos meios e métodos, os principais são os meios de comunicação, reforçados pela família e pela religião.
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