REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO
A produtividade do trabalho mais que dobrou nos anos 90. Os salários do Brasil são um dos mais baixos do mundo. O peso dos salários no custo total de produção é baixo. As inovações tecnológicas e organizacionais, além da flexibilização trabalhista, intensificaram o ritmo de trabalho no Brasil.
Por todos esses fatores, justifica-se à redução da jornada de trabalho para superar a contradição entre o desemprego alto x muito trabalho dos empregados.
A redução da jornada, além de gerar empregos e propiciar novas atividades para o trabalhador, também contribuirá para a diminuição de doenças contemporâneas do mundo do trabalho como depressão, estresse, lesão por esforços repetitivos, etc.
A Relação Anual das Informações Sociais - RAIS - informa que 22.526 milhões de trabalhadores fazem 44 horas semanais, número que precisa ser associado às 52,800 milhões de horas extras realizadas por semana.
Com a redução da jornada de trabalho para 40 horas gera-se 2.252.600 novos postos de trabalho. Com o fim das horas extras, há um incremento adicional de 1,2 milhão de empregos. Na soma, 3.352.600 novos trabalhadores potenciais.
O patronato alega que, com a redução, país perde competitividade e os custos fogem dos parâmetros. Papo furado: estudo da Confederação Nacional da Indústria mostra que quatro horas de trabalho a menos por semana terá um custo de apenas 1,99% na indústria, já que hoje os custos do trabalho representam 22%. Só para comparar, entre 1990 e
O custo do trabalho no Brasil é um dos mais baixos do mundo (três vezes menor do que, por exemplo, na Coréia do Sul). Competividade e produtividade são alcançadas com juros baixos, redes de instituto de pesquisa, universidades, maior escolaridade dos trabalhadores e mais investimentos em infra-estrutura.
O resto é a disputa por maior ou menor mais-valia.
(Obs.:dados e análises baseados em nota técnica do Dieese sobre a redução da jornada do trabalho).
Fonte: Blog do Nivaldo Santana
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