INSULTO DA CAIXA REJEITADO! CONTRA-PROPOSTA SERÁ APRESENTADA
Realizou-se em 16 de maio último um evento chamado pela Contraf/CUT de “Plenária Nacional sobre PCS da Caixa Econômica Federal”. Em que pese o nome, o evento ficou muito longe de ser digno dessa deferência. A convocação, feita pela Contraf/CUT, previa apenas cerca de 100 delegados, sendo que destes 68 empregados da Caixa e o restante os membros efetivos do Comando Nacional. A Caixa possui aproximadamente 75 mil empregados.
Obviamente este fato restringiu o debate a uma parcela da direção das entidades sindicais. Mantendo a escrita, a Contraf/CUT debate na cúpula e não cultiva, com raras exceções, o hábito do respeito à diversidade de opiniões.
Mesmo com tudo isso o evento foi capaz de avançar em alguns aspectos. Primeiramente todos rejeitaram o insulto apresentado pela Caixa. Também foi consenso a não aceitação de qualquer vínculo com os planos da FUNCEF para adesão ao novo Plano de Cargos e Salários (PCS).
Em que pese as divergências, muitas só de faz de conta, conseguiu-se chegar a uma contra-proposta dos empregados para a Caixa e o governo mais avançada que o previsto.
A proposta saída da “plenária” não é o ideal; também está longe de ser o que merecem os empregados da Caixa; tampouco supre a correção dos problemas que se avolumam desde o governo Collor; e ficou aquém do que a Caixa e o governo podem ceder.
No entanto, dada a atual fragilidade do movimento, o engessamento de significativa parcela das direções sindicais que se recusaram a submeter a contra-proposta à assembléias, o governismo de muitos e a insatisfatória mobilização dos empregados, a contra-proposta atende ao menos pontos fundamentais. A contra-proposta prevê uma unificação de fato das tabelas salariais do PCS89 e PCS98 em uma nova tabela que volta a dar perspectivas ao conjunto dos empregados, como também prevê uma reparação pelos anos sem reajuste e sem ascenção na carreira. A contra-proposta também conseguiu, de certa forma, unificar diversas vertentes do movimento dos empregados da Caixa em torno dela, por contemplar alguns pontos considerados chave.
É bom que, a partir de agora, os empregados da Caixa acompanhem mais de perto os sindicatos e passem a participar das atividades e, em especial das assembléias que estão previstas para acontecer após a resposta da Caixa e do governo para a contra-proposta, bem como da nova Plenária Nacional que acontecerá em 28 de junho, dessa vez esperamos que com critério que permita a expressão real dos anseios dos empregados.
Veja a contra-proposta:
- Tabela salarial unificada de 36 níveis
- Piso de R$1.244,00 (equivalente à ref. 101 do PCS98)
- Teto de R$3.700,00
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- Criação de comissão paritária (CEF e empregados) para acompanhar a implantação da avaliação de merecimento
- Avaliação de merecimento cruzada
- Possibilidade de migração para a nova tabela dos Técnicos Bancários Superiores (TBS)
- Recusa do limite orçamentário de 1% da folha de pagamento para concessão das promoções por merecimento
- Recusa da vinculação do novo PCS aos planos da FUNCEF
- Concessão, após a migração para a nova tabela, de 1 delta a cada 2 anos trabalhados, contando a partir de
- 4/jun – Dia nacional de luta pelo PCS
- 26/jun – Assembléias nas bases para avaliar os resultados das negociações
- 28/jun – Plenária Nacional
Veja o insulto apresentado pela Caixa
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