TRABALHADORES CONSEGUEM INICIAR A QUEDA DOS JUROS
A semana passada foi marcada pelas manifestações do movimento sindical brasileiro, que de forma unificada, exigiu que o Banco Central, ou seja, o governo Lula, derrubasse a taxa básica de juros (Selic).
Em 13 capitais as centrais sindicais se manifestaram e, juntamente com outras entidades populares, conquistaram a maior redução da taxa Selic dos últimos tempos, 1 ponto percentual.
A reivindicação original dos sindicalistas, de redução de 2pp, já era tímida, considerando que o Brasil possui a maior taxa de juros reais do mundo, e a redução promovida pelo BC foi ainda menor. No entanto, uma redução de 1pp é algo drástico, se for levado em conta que a decisão é tomada por meia dúzia de banqueiros que se encontram encastelados na direção do Banco Central, nomeados pelo presidente-operário.
A crise econômica internacional tem trazido problemas concretos no Brasil, sendo o mais grave o aumento do número de demissões. Com isso, a pressão de diversos setores da sociedade brasileira tem aumentado, a ponto de setores patronais também atacarem a política econômica do governo Lula, em especial a taxa básica de juros.
Assim, as centrais sindicais, que há tempos defendem uma drástica redução da Selic, ganharam ainda mais fôlego, ampliando o movimento e forçando, na prática o BC a deixar de ser um entrave para o crescimento econômico do país.
Ainda foi pequena a queda, mas muito maior do que é costumeiro ou desejado pelos rentistas, parasitas da riqueza alheia. O fundamental é que, mesmo com manifestações ainda não tão grandes, o sindicalismo demonstra que não aceitará a derrocada da economia brasileira para favorecer alguns parasitas.
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Foto 1 : Passeata das centrais sindicais em Curitiba - 21/01/2009 (Ivanovick)
Foto 2: Carro de som comanda a manifestação, em destaque J. Tramontini e Mario Ferrari, ambos da CTB-PR (Ivanovick)
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