quinta-feira, 28 de maio de 2009

DIEESE: EMPREGO SOBE E RENDA CAI

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país subiu de 15,1% para 15,3% em abril, de acordo com informações do Dieese. O contingente de desocupados no universo da pesquisa somou 3,079 milhões, 69 mil a mais do que em março. A massa do rendimento dos trabalhadores e trabalhadores caiu 1,6% em março.

A taxa de desemprego aberto (formada pelos que procuraram emprego nos últimos 30 dias) passou de 10,5% para 10,9%, enquanto a do desemprego oculto (que compreende os que desistiram de procurar um novo posto de trabalho e subempregados) caiu de 4,6% para 4,4%, refletindo a evolução da taxa de participação, de 60,7% para 61%.

Setores

A pesquisa aponta a criação de 52 mil postos de trabalho no mês, número que se revelou “insuficiente para absorver a entrada de 122 mil pessoas no mercado de trabalho, o que resultou no acréscimo de 69 mil pessoas ao contingente de desempregados. O total de ocupados nas seis regiões investigadas foi estimado em 17,016 milhões e a População Economicamente Ativa, em 20,095 milhões.

Em termos setoriais, o nível ocupacional cresceu nos Serviços (criação de 79 mil ocupações, ou aumento de 0,9%) e na Construção Civil (33 mil ocupações a mais, ou 3,3%), manteve-se praticamente estável no Comércio (-5 mil postos de trabalho, ou -0,2%) e no agregado Outros Setores (-2 mil, ou -0,1%) e diminuiu na Indústria (eliminação de 53 mil ocupações, ou -2,1%). Em março, no conjunto das regiões pesquisadas, os rendimentos médios reais de ocupados e assalariados apresentaram pequenos decréscimos (0,8% e 0,3%, respectivamente) e passaram a valer R$ 1.203 e R$ 1.272.

Renda declina

O rendimento médio real dos ocupados diminuiu em Recife (3,1%, passando a valer R$ 739), Belo Horizonte (2,5%, R$ 1.163), Distrito Federal (2,2%, R$ 1.827) e, em menor medida, em São Paulo (0,6%, R$ 1.238). Cresceu em Salvador (3,0%, R$ 1.002) e Porto Alegre (0,7%, R$ 1.216).

No conjunto das regiões pesquisadas, a massa de rendimentos dos ocupados diminuiu 1,6% e a dos assalariados 0,9%. Para os ocupados, esse desempenho refletiu a redução do nível ocupacional e dos rendimentos médios, enquanto para os assalariados deveu-se, principalmente, ao decréscimo do nível de emprego.

Por posição na ocupação, houve pequena variação positiva no assalariamento total (0,3%), como resultado do aumento do emprego público (2,5%), uma vez que o assalariamento privado permaneceu praticamente estável (-0,1%). Neste último segmento, diminuiu o contingente de assalariados com carteira de trabalho assinada (-40 mil, ou -0,5%) e aumentou o dos sem carteira (26 mil, ou 1,5%). Cresceu o número de trabalhadores autônomos (1,3%) e reduziram-se os contingentes classificados nas demais posições (1,0%) e de trabalhadores domésticos (0,7%).

Fonte: Portal CTB

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