Nos Correios a greve continua
Os trabalhadores dos Correios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Acre, Paraíba e Distrito Federal rejeitaram o proposta acertada entre a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e a Federação dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos (Fentect) , que reúne os sindicatos. Com esse resultado, a greve, que já dura 21 dias, deve continuar.
O comando de negociação defendeu a aceitação da proposta, que foi fechada após audiência de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho). Para que a greve seja encerrada, as condições acordadas entre a empresa e os trabalhadores devem ser aprovadas por pelo menos 18 sindicatos da categoria, caso contrário, o processo será encaminhado a um relator e será julgado pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos na próxima segunda-feira (10)
Para Moisés Leme, dirigente da CTB dos Correios foi a intrânsigencia da empresa que levou os trabalhadores a rejeitarem a proposta. "Essa convicção em querer punir os trabalhadores que está emperrando a negociação. Essa proposta acordada no TST é a mesma que havia sido rejeitada anteriormente pelos trabalhadores. A empresa insiste em descontar os 6 dias, fato que não acontecia desde 1997", declarou o sindicalistas, ex-presidente do Sintect-DF.
Outro ponto diz respeito às clausulas econômicas. "A ECT em nenhum momento alegou que não tenha dinheiro para tender às reivindicações da categoria, que ganha o pior salário do funcionalismo público. Então é questão de instrânsigência mesmo", destacou Leme.
O acordo fechado entre a empresa e os trabalhadores prevê o pagamento de aumento real de R$ 80 a partir de outubro, que estava previsto para ser pago só a partir de janeiro. Também foi mantida a proposta de aumento linear do salário e dos benefícios de 6,87%, retroativo a 1º de agosto, mas os trabalhadores abriram mão do abono de R$ 500 que foi oferecido pela empresa.
A proposta acordada também prevê que a empresa devolva o valor correspondente aos seis dias de greve que já foram descontados dos trabalhadores em folha de pagamento suplementar até a próxima segunda-feira. Posteriormente, a empresa poderá fazer novamente o desconto na proporção de meio dia de trabalho por mês. Os outros dias de greve que não foram descontados dos trabalhadores deverão ser compensados com trabalho extra nos finais de semana e feriados.
"Todas as assembleias que ocorreram até agora foram contrárias à proposta, o que indica que provavelmente não haverá acordo", afirma Saul Gomes da Cruz, um dos integrantes do comando de negociação. Segundo ele, as demais assembleias ocorrerão que acontecem até quinta-feira.
Fonte: CTB
0 comentários:
Postar um comentário