Terceirização é prejudicial ao trabalhador
Marcio Pochmann, presidente do Ipea |
O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) equiparou a terceirização a uma “quase reforma trabalhista”. Isso porque a prática altera significativamente as relações de trabalho, acabando com os direitos sociais e trabalhistas.
Um trabalhador terceirizado, por exemplo, precisa de três anos para contribuir doze meses para a Previdência Social. No setor público, o Ipea aponta que todas as esferas substituem o funcionário público pelo terceirizado - especialmente na administração, vigilância, asseio e conservação, alimentação, e transporte. Neste caso, os terceirizados substituem contratação pública, que deve ser feita por meio de concurso.
Ainda, segundo o Ipea, no setor público, o terceirizado tem custo três vezes maior do que o da contratação direta e, em alguns casos, chega a dez vezes. Já no setor privado, as empresas se aproveitam para contratar mão de obra mais barata e sem todos os direitos. Nos bancos, por exemplo, o terceirizado não tem nenhum dos direitos que a categoria conquista na campanha salarial.
A terceirização e a precarização do trabalho foram debatidos em audiência pública nesta terça e quarta-feira (04 e 05/10), no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.
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