EPIDEMIA... DE NOTÍCIAS
Nada alarmante, se considerarmos que desde 1998 (incluindo os recentes) tivemos uma média de mais de 33 casos confirmados por ano, sendo que desde 2000, 112 pessoas morreram da doença.
Obviamente nessa época do ano, com as férias, maior quantidade de chuvas e calor, os riscos de contaminação são maiores que em outros períodos, portanto, segundo os dados dos anos anteriores, as autoridades devem preocupar-se, mas nada além do que já é feito todo ano.
Mas é isso o que vemos na nossa grande imprensa venal? Não precisamos nem mesmo prestar muita atenção para constatar que segundo os “altruístas” veículos de comunicação brasileiros (mas não muito) vivemos uma epidemia de febre amarela, praticamente incontrolável.
O que acontece não é uma epidemia real de febre amarela, mas uma epidemia de notícias sobre a febre amarela.
A histeria da grande imprensa venal vem causando graves problemas. A FioCruz teve que dobrar a produção de vacinas devido à corrida aos postos de saúde de todo o país, mesmo em cidades longe das chamadas áreas de risco, onde normalmente aparecem casos.
Mas esse não é o único transtorno provocado pela imprensa venal. Desde o início da epidemia de notícias, já são 31 pessoas internadas por superdose de vacina. Pessoas que, influenciadas pela histeria midiática, não ouviram ops alertas dos profissionais de saúde e tomaram mais de uma dose da vacina em curto espaço de tempo. Duas dessas pessoas encontram-se internadas em estado grave, ambas em Brasília, um jovem com hepatite e uma senhora com choque anafilático. Mas isso a “altruísta” imprensa venal não mostra.
Como o “caos aéreo” não funcionou, especialmente entre os mais de 80% dos brasileiros que nunca entraram num avião, os golpistas de plantão inventaram outro problema.
Leiam também a carta do médico Pedro Saraiva publicada no blog Vi o Mundo do jornalista Luiz Carlos Azenha, sobre o assunto.
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