quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

RICOS NÃO QUEREM PAGAR IMPOSTO

Com o fim da CPMF, sepultada pelo Senado Federal, o governo Lula decidiu adotar medidas compensatórias para a arrecadação mais interessantes, mas sem deixar de ser contraditórias, como tudo que esse governo faz.

Foi aumentada a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em 0,38pp. O número, apesar de coincidente com a extinta CPMF não representa os mesmos valores e nem afeta todas as operações. Rapidamente a grande imprensa venal brasileira destilou suas mentiras, insistindo na tese do “aumento de carga tributária”. Todas as emissoras e jornalões martelaram que o aumento incidiria, por exemplo, sobre os financiamentos habitacionais, o que afetaria os mais pobres. A afirmação foi desmentida pelo governo, mas como a preocupação dos paladinos de nossa imprensa é com seus grandes gastos com cartão de crédito, esses sim aumentados, nenhum veículo de comunicação se retratou.

Outro tributo com a alíquota aumentada foi a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), apenas para as instituições financeiras, passou de 9% para 15%. Apesar de tímida, essa medida começa finalmente a tributar os mais ricos. Com isso 15% dos muitos bilhões que vêm sendo embolsados pelos banqueiros às custas da extorsão do povo reverterá para os cofres da União.

Obviamente a oposição conservadora e a grande imprensa venal foram ao ataque. A alegação é que este “custo” a mais dos bancos será repassado aos clientes. Isso dependerá do governo federal, que detém o controle dos dois maiores bancos em número de clientes, o BB e a CEF. Se os bancos federais não repassarem os bancões privados também não poderão faze-lo, sob pena de perder clientes, o que seria feito dentro das regras do “deus-mercado”.

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