Claro que vindo do governo Lula, contraditório como é, as medidas para compensar a perda da arrecadação devido ao fim da CPMF não poderiam prejudicar apenas os que tem mais.
A União perdeu R$38 bilhões da CPMF, o governo pretende compensar R$10 bilhões com o aumento das alíquotas do IOF e da CSLL, outros R$10 bilhões com aumento de arrecadação derivado do crescimento econômico e R$20 bilhões cortando gastos nos três poderes.
Como o executivo não tem poder para mudar o orçamento do legislativo, onde a oposição conservadora derrubou a CPMF, e do judiciário, com o velho jogo de cartas marcadas, o corte deverá ser quase totalmente no executivo mesmo, ou seja, serão prejudicados os serviços prestados ao povo, como saúde e previdência e, mais uma vez, os servidores públicos.
O ministro neoliberal Paulo Bernardo já anunciou que serão cancelados concursos e que os próximos reajustes serão revistos. Com isso vai por água abaixo a política de recomposição do Estado Brasileiro.
Não é a primeira vez que o ministro neoliberal Paulo Bernardo comanda um processo de desmanche de serviços públicos e penaliza os servidores, basta verificar o que foi feito em Londrina-PR e no estado do Mato Grasso do Sul.
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