Pela manutenção de empregos, CTB apoia redução das tarifas elétricas
A disputa política em torno da redução da conta de energia elétrica esquentou ainda mais nas últimas 24 horas, quando as estatais Cesp, Cemig e Copel, dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, todos governados pelo PSDB, rejeitaram a proposta de renovação de suas concessões na área de geração, por considerar que as novas regras não garantem o equilíbrio financeiro das empresas.
Embora o governo federal tenha dito que não negociará mais com as estatais que não aderiram a sua proposta para renovação antecipada das concessões, os estados não se deram por vencidos e ameaçam transformar a questão em uma guerra judicial. ”Infelizmente os estados governados pelo PSDB estão se recusando a aderir ao programa de redução das tarifas, colocando os interesses partidários e mesquinhos acima dos interesses gerais da sociedade brasileira. Mas isso não nós surpreende já que os tucanos são os responsáveis pela privataria da energia e de tantas outras”, analisou Divanilton Pereira, dirigente da CTB e da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A redução da conta de energia elétrica faz parte do Plano Brasil Maior, que tem como objetivo fortalecer a indústria nacional, perante a crise econômica mundial. A redução da tarifa elétrica é uma medida que visa aumentar a produtividade da indústria nacional que consome metade do consumo de energia no Brasil. Mesmo diante desse cenário, os governos tucanos se posicionam contrários à medida.
Para a CTB, além de importante, a redução das tarifas significa a manutenção dos empregos e dos direitos dos trabalhadores. “A sociedade como um todo será beneficiada com essa redução. Mas nos contratos de renovações de concessões é preciso assegurar a manutenção dos empregos dos eletricitários, já que muitas empresas, se antecipando à redução de suas margens de lucros, estão demitindo trabalhadores indiscriminadamente”, ponderou Nivaldo Santana, vice-presidente da central.
Anúncio da redução das tarifas
No último dia 6 de setembro, a presidenta Dilma Rousseff fez um anúncio em cadeia nacional, afirmando que as tarifas de energia elétrica vão diminuir 16,2% para os consumidores residenciais e 28% para as indústrias a partir do início de 2013.
Os ganhos dessa medida serão usados tanto para a redução de preços ao consumidor quanto para os produtos de exportação, o que vai abrir mais mercados dentro e fora do país. E ainda afirmou que a medida também vai ajudar as indústrias que estejam em dificuldades, evitando demissões.
A medida anunciada por Dilma e ratifica nesta quarta-feira pela presidenta é uma resposta aos setores da sociedade que participaram do movimento Grito de Alerta, realizado no primeiro semestre deste ano. Nesse movimento, a CTB, outras centrais sindicais e empresários do setor produtivo se uniram para exigir do governo federal iniciativas para fortalecer a indústria nacional. A redução das tarifas cobradas pela energia elétrica era uma dessas demandas.
Paula Farias, com agências
Fonte: CTB
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