domingo, 24 de fevereiro de 2008

A FUTUROLOGIA SOBRE CUBA

Assim que Raul Castro tomou posse como presidente do Conselho de Estado, os jornalões e cia retomaram as especulações sobre os destinos de Cuba.

Apenas citarei alguns:

Kennedy Alencar, da Folha de São Paulo, que escreve sua coluna como se fosse pelo governo. Não sei como foi a apuração das informações por parte do colunista, mas ele parece ter bastante intimidade com o presidente Lula e a cúpula do PT. Alencar escreve um monte de informações, segundo ele de fontes petistas e do próprio presidente-operário, mas nada de substancial. Parece que o jornalista prefere esperar antes de mostrar sua “opinião”. Um dado do texto é interessante, pois faz parte da contra-informação da imprensa conservadora. Alencar afirma que a decisão é exclusiva do Partido Comunista de Cuba, pois como lá existe apenas um partido legalizado, este tem todas as 614 cadeiras do parlamento. O jornalista deveria se informar mais, pois em Cuba não é necessário filiação partidária nem montanhas de dinheiro para disputar eleições.

Eliane Cantanhêde, também da Folha de São Paulo, em seu podcast diz que o Brasil deve contribuir com a Cuba pós-Fidel, ajudando a aproximar a ilha dos EUA. E vai mais longe, afirma que o Brasil deve consolidar uma poderosa aliança coma Espanha e o México para neutralizar a retórica de Chavez.

O portal G1, da Globo, destacou Daniel Buarque para “entrevistar” Brian Latell, ex-analista da CIA, segundo o portal. O analista faz o vaticínio, na verdade a velha cantilena neoliberal, Cuba agora seguirá um processo semelhante à China (segundo ele) com economia de mercado sem abertura política.

O Estadão afirma que Raul reduzirá e Estado cubano, pois o novo presidente disse que é preciso uma estrutura mais eficiente. Para os que pensam segundo Washington a única forma de ser eficiente é entregando tudo ao deus-mercado. É bom salientar que em Cuba a saúde e a educação, entre outras áreas, é totalmente pública.

Obviamente, com mais ou menos agressividade, todos tratam Fidel como um ditador, o que nem de longe é verdade.

Esses são apenas os primeiro que acessei. Reinaldo Azevedo, do panfleto fascista semanal, não postou nem mesmo algo curioso para ser relatado, apenas manteve sua postura de ofender, desqualificar e matar quem aparecer que não pense como os ideólogos do pensamento único, não passa de um sabujo.

A grande questão é que mais uma vez Fidel deu uma rasteira nos poderosos. Os conservadores cubanos “exilados” em Miami estavam para acender os rojões pela morte do líder revolucionário. Fidel se afasta do poder, com a certeza de que a construção revolucionária prosseguirá, e os gusanos (vermes) são obrigados a apagar os fósforos. Os EUA estão preparados para transformar a ilha novamente num bordel (que eles chamam de liberdade e democracia), mas os cubanos não parecem estar dispostos a isso.

A União Européia se dividiu, uns rapidamente declararam que é necessário libertar (na linguagem do capital, submeter) Cuba, outros se resignaram. Os governos democráticos e populares que vêm se multiplicando pela América Latina saúdam tanto Fidel quanto Raul e o povo de Cuba.

Vejamos o próximo período e aprendamos com o heróico povo de Cuba, como trilhar de fato o caminho da liberdade e da emancipação.

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