quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

EM ASSEMBLÉIA, FETAEP SE FILIA À CTB


Em assembléia geral realizada nos dias 21 e 22 de fevereiro, mais de 140 trabalhadores rurais, representando mais de 200 entidades sindicais do campo, aprovaram por unanimidade a filiação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (FETAEP) à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

A filiação da FETAEP, que tem participado de todo o processo de construção da CTB, desde seu início, reforça ainda mais o projeto maior da Central, a unidade dos trabalhadores do campo e da cidade.


Leia também:

FETAEP se filia à CTB

Pauta de reivindicações dos trabalhadores rurais do Paraná

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PRÊMIO IBEST: VERMELHO TRIPLICA PERCENTUAL E JÁ É O SEGUNDO


Em plena ascenção, o Vermelho, o Portal da Esquerda Bem Informada, já é o segundo colocado em sua categoria, apenas 2 pontos percentuais atrás do também progressista Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim.


O site do Partido dos Trabalhadores (PT) vem em terceiro, empatado com o Vermelho. Em apenas um mês, o Vermelho triplicou seu percentual e, junto com outros sites progressistas e de esquerda, fez com que os fascistas do Mídia Sem Máscara desabasse da liderança absoluta para o quarto lugar, por enquanto.


As mudanças na votação popular indicam o prestígio do Prêmio iBest, que voltou em 2008 após um ano de "recesso" e reformulações. Em todas as edições de que participou, o Vermelho sempre ficou nas dez primeiras colocações. Seus melhores anos foram 2003 (terceiro lugar) e 2004 (campeão).


Como votar


Para votar no iBest, o internauta precisa antes se cadastrar. Após fazer o cadastro, o iBest enviará para o e-mail da pessoa uma mensagem de confirmação do cadastro. Ao confirmar, o internauta receberá, então, uma nova mensagem com a senha que o habilita para a votação.


A votação popular escolherá até 9 de maio, em fase única, os melhores sites em dez categorias. Cada internauta poderá votar em quantos sites quiser dentro da categoria, porém apenas uma única vez em cada candidato.


Vale reiterar que o Vermelho participa como site da categoria Cidadania e, dentro dela, na subcategoria Política. Além de votar, é importante que nossos apoiadores utilizem o e-mail, o Orkut e os meios que puderem para pedir aos conhecidos que também votem.


Àqueles que quiserem se engajar na campanha do Vermelho, e também ajudar a diminuir a votação dos sites direitistas, recomendamos que votem no Vermelho e também em páginas amigas, como o site do PT, Caros Amigos e Conversa Afiada, só para citar os que estão com mais chances na disputa. Dessa forma, o percentual de votos dos sites de direita tende a diminuir.


Em ano de eleições municipais, nada melhor que uma campanha antecipada na internet para irmos afinando a disputa de idéias com os adversários da direita.


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NA PETROBRÁS A ISONOMIA JÁ É QUASE COMPLETA

A derrubada da resolução nº 9, passo-a-passo

No acordo coletivo de 2001, a FUP conquistou a equiparação no desconto da AMS. Até então, os petroleiros admitidos após 1997 só tinham direito a 50% de suplementação da Petrobrás para os procedimentos médicos.

No acordo coletivo de 2002, a FUP garantiu o adicional de sobreaviso e o pagamento integral das horas extras. Enquanto os trabalhadores antigos recebiam o acréscimo de 100% em cada hora extra, os petroleiros admitidos após 97 recebiam as horas extras conforme a CLT (50% de acréscimo).

No acordo coletivo de 2003, a FUP teve a sua primeira vitória na conquista do ATS para os trabalhadores novos. Após muita pressão, a Petrobrás concordou em pagar o adicional por tempo de serviço em forma de qüinqüênio. Mas na campanha reivindicatória do ano seguinte, em 2004, a FUP garantiu o anuênio para os petroleiros admitidos após 1997. Também no acordo coletivo de 2003, a FUP arrancou o primeiro compromisso da Petrobrás em discutir conjuntamente com o movimento sindical o modelo de previdência complementar dos trabalhadores sem Plano Petros. Após quase três anos de discussão, a FUP, a Petrobrás e a Petros definiram os principais eixos do Plano Petros 2, atendendo duas bandeiras de luta do movimento sindical: garantias previdenciárias e pagamento integral do serviço passado.

No acordo coletivo de 2004, além de garantir o ATS para os novos, nos mesmos moldes dos demais petroleiros (anuênio), a FUP conquistou também a equiparação em relação ao pagamento das férias. Enquanto os trabalhadores antigos recebiam o pagamento integral das férias (100%), os novos recebiam de acordo com a CLT, ou seja, 30%.

Nos acordos de 2007, a FUP consolida a longa trajetória de luta pela equiparação de direitos entre petroleiros admitidos antes e depois de 97. A Federação garantiu aos trabalhadores sem previdência complementar o Plano Petros 2, com todas as seguranças previdenciárias e o pagamento integral do serviço passado. Nos dois primeiros meses de adesão, o plano teve mais de 21 mil inscrições. Soma-se a essa conquista, o novo PCAC, que acabou com as diferenciações salariais entre os petroleiros que recebiam a VP-Periculosidade e os que nunca tiveram este direito garantido em função da resolução do governo FHC. Além disso, ao conquistarmos um PCAC com normas de mobilidade mais democráticas e transparentes, possibilitamos aos petroleiros novos oportunidades de construção de uma carreira a médio e longo prazos. Possibilidade que foi negada pelos governos neoliberais e pelo regime militar aos trabalhadores que estão há mais de 20 anos na Petrobrás e a muitos daqueles que já se aposentaram.

As conquista dos trabalhadores da Transpetro

A FUP conquistou em 2003 o primeiro acordo coletivo dos trabalhadores da Transpetro, assegurando a AMS (o plano de saúde coberto pela subsidiária era AMIL), a mesma data de pagamento dos salários da Petrobrás, entre outras garantias. Ao longo dos últimos acordos coletivos, a Federação foi acabando com as diferenciações de direitos que ainda ocorriam na empresa, garantindo aos petroleiros da Transpetro adicional de sobreaviso, antecipação do 13º salário, ATS, pagamento integral das férias e horas extras, auxílios educacionais e todas as conquistas do novo PCAC da Petrobrás, inclusive a RMNR.

No acordo coletivo deste ano, a FUP também garantiu a manutenção da AMS para o titular e seus dependentes em situações de aposentadoria por invalidez e no caso de falecimento. Além disso, o acordo conquistado garantiu o amplo direito de defesa do trabalhador em caso de demissão imotivada.

2007: Consolidação da igualdade para os petroleiros

Acabar com as discriminações entre trabalhadores admitidos antes e depois de setembro de 1997 sempre foi uma das principais bandeiras de luta da FUP, consolidada em 2007 com o novo PCAC e o Plano Petros 2. Os petroleiros sofreram uma série de ataques durante os governos neoliberais, principalmente em função da resistência à privatização da Petrobrás. As perseguições se intensificaram após maio de 1995, quando fizemos a histórica greve de 32 dias. A unidade e a organização da categoria foram fundamentais para preservar direitos conquistados na luta.

Mas, o governo FHC continuou adiante em sua política de imposição do Estado mínimo e sucateamento e privatização das empresas estatais, inclusive a Petrobrás. Uma das ações mais violentas do governo tucano foi a edição da resolução número 9 pela antiga CCE - Coordenadoria de Controle das Empresas Estatais -, que restringiu direitos para os trabalhadores admitidos após setembro de 1997, criando uma série de discriminações entre novos e antigos. No caso do Sistema Petrobrás, os novos empregados perderam o ATS, o sobreaviso, a isonomia no desconto da AMS, o pagamento integral das férias e horas extras, entre outros direitos conquistados pela categoria durante anos de lutas.

Ao longo dos últimos seis anos, a FUP veio derrubando uma a uma essas diferenciações impostas e garantiu a todos os petroleiros a equiparação de direitos. Estamos, portanto, consolidando em 2007 uma vitória histórica, ao enterrarmos no Sistema Petrobrás todos os efeitos da medida discriminatória imposta pelo governo FHC. Uma luta de dez anos, que nenhuma outra categoria do setor público teve êxito. A vitória dos petroleiros é mérito da nossa força mobilizadora e, principalmente, da unidade da organização sindical da categoria, através da FUP e da CUT.

Fonte: FUP

CONHEÇA MAIS:

Íntegra da Resolução DEST nº 09/1996

Íntegra da Resolução DEST nº 10/1995

Na Câmara, saiba tudo sobre o PL 6259/2005

No Senado, saiba tudo sobre o PL 77/2007

Inacio quer isonomia para empregados de bancos

Página do Inácio Arruda (PCdoB/CE)

Página do Daniel Almeida (PCdoB/BA)

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ALERTA: A LUTA PELA ISONOMIA CONTINUA

Jefferson Tramontini

Durante o mandato de FHC diversas foram as medidas que prejudicaram os trabalhadores. Nenhum segmento da classe dos assalariados passou incólume, todos foram atingidos, a grande maioria de forma direta e agressiva.

Entre essas medidas estão as resoluções 10/1995 e 9/1996 do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (DEST), órgão do Ministério do Planejamento. Essas resoluções estabeleceram a distinção entre os trabalhadores concursados contratados pelas estatais federais antes e depois delas. Na prática, foram criados empregados de primeira e de segunda classe para executar exatamente o mesmo trabalho.

Planos de carreira piorados, salários rebaixados, benefícios negados, direitos a menos, enfim, tudo aquilo que os empregados das estatais levaram décadas para conquistar foi tirado com a canetada dos ministros de então, José Serra (1995) e Antonio Kandir (1996). O ocupante dessa cadeira e, portanto, usuário dessa caneta atualmente é o neoliberal Paulo Bernardo (PT/PR) que até o momento não demonstrou a menor vontade de revogar tais medidas. Ao contrário, sempre que tem oportunidade, o ministro neoliberal Paulo Bernardo aplica cortes na parte do orçamento destinada aos servidores e aos empregados das estatais. A curiosidade é que o ministro neoliberal foi empregado de estatal, do Banco do Brasil, onde pelo sindicalismo passou a ser conhecido.

Para solucionar essa grande injustiça com os trabalhadores, em 2005 o deputado Daniel Almeida (PCdoB/BA) e o hoje senador Inacio Arruda (PCdoB/CE) apresentaram o Projeto de Lei 6259, que tem por objetivo obrigar os bancos federais a unificar carreiras, benefícios e direitos dos empregados da Caixa Econômica Federal (CEF), Banco do Brasil (BB), Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banco da Amazônia (BASA). A relatoria estendeu também a ação do projeto à Casa da Moeda.

A tramitação do PL 6259/2005 tem sido tortuosa. Apesar de tramitar com apreciação conclusiva, ele ainda não foi votado na Comissão do Trabalho (CTASP), onde hoje o relator é Tarcisio Zimmermann (PT/RS) que já deu parecer favorável, assim como seu antecessor, Luciano Castro (PR/RR). A verdade é que a parcela do governo federal rendida ao neoliberalismo não quer ver esse projeto aprovado, pois significa melhoria aos trabalhadores e, com isso, melhor atendimento às necessidades do conjunto do povo do Brasil, além de reduzir o dinheiro dado aos banqueiros por meio do famigerado superávit primário.

Em outubro de 2007, Pedro Henry (PP/MT), figura carimbada em casos de corrupção e defesa de latifundiários, apresentou um voto em separado na CTASP recomendando a não aprovação do PL 6259/2005 por este afetar financeiramente as empresas, reduzindo a parte destinada à União e, atualmente, toda destinada ao superávit. Outro argumento apresentado pelo deputado é que a distinção é algo consolidado e por isso não precisa ser revisto. A conclusão é que Pedro Henry acredita mesmo que injustiças devam ser perpetuadas.

No início da atual legislatura, o que parece ter sido um erro da mesa diretora da Câmara, presidida por Arlindo Chinaglia (PT/SP) quase arquivou o PL 6259/2005. Isso foi rapidamente corrigido pela ação do autor Daniel Almeida. Para garantir que a isonomia entre novos e antigos empregados dos bancos federais continuasse a ser debatida no Congresso, o senador Inácio Arruda apresentou projeto idêntico no Senado, o PLS 77/2007, hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) sob relatoria do senador Aloizio Mercadante (PT/SP).

O movimento sindical não tem conseguido dar resposta a essa importante e justa demanda dos empregados dos bancos federais. Seja pelo comodismo, seja pela incompreensão, seja pelo atrelamento automático ao governo, os sindicatos não têm colocado essa luta no centro do movimento. Mas a realidade tem imposto a sua vontade paulatinamente. Hoje os contratados após as resoluções do DEST são aproximadamente a metade do total de empregados em todos os bancos federais, o que provoca uma grande mudança na situação do conjunto dos empregados, na correlação de forças e nas prioridades.

A greve de 2007 na Caixa comprovou isso. Quando os bancários dos bancos privados aceitaram a proposta da Federação dos Bancos (Fenaban) e os empregados do BB, infelizmente, aceitaram novamente o “cala-a-boca” da PLR linear, os bancários da Caixa decidiram, em nível nacional, construir a greve, onde a reivindicação central não era o reajuste salarial ou a PLR, mas o plano de carreira (PCS) e a isonomia, bem como a contratação de mais empregados.

A greve foi vitoriosa. Com toda a intransigência da empresa e, óbvio, do governo federal, os empregados da Caixa mantiveram-se firmes na luta. Quando a Caixa ajuizou o dissídio coletivo no TST para intimidar os grevistas, o movimento cresceu. Quando a Caixa chamou a polícia para abrir “na marra” o prédio da matriz em Brasília, o movimento cresceu. Cada medida que os rendidos ao neoliberalismo no governo e na Caixa tomavam para arrefecer o espírito dos trabalhadores fazia, na verdade, com que a greve ganhasse mais força, chegando a paralisar mais de 80% das atividades da Caixa em todo o país. Isso demonstra a vontade de luta dos empregados.

A greve uniu novos e antigos por objetivos comuns e garantiu a vitória. Mesmo quando parte dos gestores tentou se mobilizar para recusar o acordo que pôs fim à greve, devido à PLR ser praticamente linear, os Técnicos Bancários e Escriturários mostraram que aquele movimento não era por um dinheiro a mais de imediato no bolso de uma minoria, mas por conquistas de longo alcance a todos.

O acordo foi selado garantindo a contratação de mais 3 mil empregados, a construção de um novo PCS único, não desconto dos dias parados e novo concurso público, entre outros pontos.

No entanto, o governo e a Caixa não têm cumprido com o que assinaram. A contratação dos 3 mil, eu deveria ter sido feita até dezembro não aconteceu ainda; o novo concurso só tem edital até o momento para o Acre e o novo PCS não tem avançado.

Ao que parece a parcela rendida ao neoliberalismo no governo e na Caixa quer testar a capacidade de luta dos trabalhadores. Mesmo aos bancários de outros bancos devem prestar bastante atenção a isso e, em especial, à história das lutas dos empregados da Caixa.

Sempre que os governos de vários matizes tentaram derrotar o movimento dos empregados da Caixa, quando esse se organizou para lutas de conjunto, os trabalhadores venceram. Todas as tentativas de esmagar os bancários da Caixa foram derrotadas, quando estes estavam unificados. Foi assim quando da unificação das carreiras de escriturários e auxiliares no início dos anos 1980; foi assim quando com grandes greves os empregados da Caixa conquistaram o direito de serem bancários, redução da jornada para 6 horas e direito à sindicalização, em 1986; foi assim quando, no governo Collor, centenas foram demitidos arbitrariamente e a luta garantiu a reintegração de todos; foi assim na resistência à privatização, nos anos 1990; entre outros.

Portanto, a aposta do governo e da Caixa em derrotar os trabalhadores não será premiada. Os empregados têm demonstrado, cada vez mais, disposição de luta, avanço na unidade e maior capacidade de determinar as prioridades que atendam a todos. Esse é o exemplo a ser seguido também pelos demais trabalhadores das estatais, pois nesse caminho, a vitória é certa.

Jefferson Tramontini é Coordenador da CTB/PR e diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

CONTINUA A LUTA NA COTEMINAS

Quando o companheiro Fidel Castro afirmou que não aceitaria ser reeleito presidente do Conselho de estado de Cuba, a grande imprensa venal “entrevistou” várias personalidades e autoridades. Uma dessas pessoas foi o vice-presidente José Alencar, o patrão que ninguém merece.

O vice-patrão foi taxativo ao dizer que a saída de Fidel abriria espaço para “liberdade e democracia” na ilha.

E o que será que o vice-patrão José Alencar entende por liberdade e democracia? Provavelmente a “democrática” acumulação de dinheiro em seu próprio bolso e a “liberdade” de demitir quem quiser no momento que quiser.

Pois enquanto em Cuba o índice de desemprego não ultrapassa 0,2% da população, apenas na unidade da Coteminas em Montes Claros-MG, o vice-patrão insiste em demitir 800 operários de uma única tacada.

No entanto, os operários da Coteminas de Montes Claros já demonstraram que não estão dispostos a ceder essa “liberdade” ao vice-patrão. Os trabalhadores vêm se organizando e resistindo bravamente, na defesa do sustento de suas famílias e da economia de toda a cidade.

A CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – já vinha desde antes do anúncio das demissões organizando os operários para a luta. A CTB encabeça a Chapa 2 – Oposição Classista com o companheiro Lourival Soares Ribeiro, na disputa pelo Sindicato dos Têxteis de Montes Claros, que atualmente é dirigido por pelegos e filiado à Força Sindical.

Os companheiros da CTB junto com os trabalhadores da Coteminas já foram à Câmara Municipal, fizeram ato público, procuraram parlamentares e autoridades. Entre os parlamentares que têm ajudado muito essa luta estão o vereador Lipa Xavier e a deputada federal Jô Moraes, ambos do PCdoB.

E nessa semana a luta ganhou importantes reforços.

O ministro do trabalho e emprego, Carlos Lupi (PDT) comprometeu-se a interceder pelos operários de Montes Claros para evitar as demissões e reforçou a necessidade da aprovação da Convenção 158 da OIT, enviada ao Congresso pelo governo, para acabar com as demissões a bel-prazer dos patrões.

A CUT também lançou nota afirmando seu apoio à luta dos operários da Coteminas e colocando-se “à disposição dos trabalhadores na luta pela garantia de seus direitos”.

São demonstrações importantes de que os companheiros de Montes Claros não estão sozinhos nessa batalha. E com força e amplitude será possível derrotar o vice-patrão e sua sede de lucro.

E já que vice-patrão acha que tem o direito de dizer o que os cubanos devem fazer, que o heroísmo do povo de Cuba, que resiste há quase 50 anos às ofensivas do império do norte, sirva de inspiração aos companheiros operários para a vitória.

Acompanhe também essa luta no Os Sonhos Não Envelhecem do camarada Ramon Fonseca.

O vice-patrão está demitindo no nordeste também.

Comitiva foi a Brasilia para tratar do assunto.

CUT lança nota em apoio aos operários.

Carlos Lupi, ministro do trabalho, reforça a luta pelos empregos.

CTB organiza a luta contra as demissões na Coteminas.

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domingo, 24 de fevereiro de 2008

RAUL É O NOVO PRESIDENTE CUBANO

A Assembléia Nacional do Poder Popular da República de Cuba escolheu hoje, entre seus membros eleitos, o novo Conselho de Estado, cujo novo presidente será Raul Castro, que ocupava o cargo interinamente desde a doença de Fidel.

As especulações sobre o futuro de Cuba vêm aumentando desde que Fidel se afastou do posto de presidente devido a uma cirurgia no intestino. Mas essa semana, quando Fidel, em artigo no Granma, disse que não aceitaria ser reeleito presidente, toda a grande imprensa internacional pautou incansavelmente seus exercícios de futurologia.

Os 614 deputados eleitos em janeiro reelegeram Ricardo Alarcon como presidente da Assembléia Nacional e, mais tarde, conduziram Raul Castro à presidência do Conselho de Estado da República de Cuba para um mandato de 5 anos, como reza a constituição de 1976.

Sobre o futuro da ilha, todos podem ficar tranqüilos. Os cubanos aprenderam há muito a conduzir seus próprios destinos.

Raul tomou posse salientando que o líder da revolução de janeiro de 1959, Fidel Castro, é insubstituível e que “vamos assegurar a continuidade da revolução cubana”.

Leia mais:

Altamiro Borges: Fidel Castro e o futuro de Cuba

Vermelho: Raul: "vamos assegurar a continuidade da revolução Cubana

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A FUTUROLOGIA SOBRE CUBA

Assim que Raul Castro tomou posse como presidente do Conselho de Estado, os jornalões e cia retomaram as especulações sobre os destinos de Cuba.

Apenas citarei alguns:

Kennedy Alencar, da Folha de São Paulo, que escreve sua coluna como se fosse pelo governo. Não sei como foi a apuração das informações por parte do colunista, mas ele parece ter bastante intimidade com o presidente Lula e a cúpula do PT. Alencar escreve um monte de informações, segundo ele de fontes petistas e do próprio presidente-operário, mas nada de substancial. Parece que o jornalista prefere esperar antes de mostrar sua “opinião”. Um dado do texto é interessante, pois faz parte da contra-informação da imprensa conservadora. Alencar afirma que a decisão é exclusiva do Partido Comunista de Cuba, pois como lá existe apenas um partido legalizado, este tem todas as 614 cadeiras do parlamento. O jornalista deveria se informar mais, pois em Cuba não é necessário filiação partidária nem montanhas de dinheiro para disputar eleições.

Eliane Cantanhêde, também da Folha de São Paulo, em seu podcast diz que o Brasil deve contribuir com a Cuba pós-Fidel, ajudando a aproximar a ilha dos EUA. E vai mais longe, afirma que o Brasil deve consolidar uma poderosa aliança coma Espanha e o México para neutralizar a retórica de Chavez.

O portal G1, da Globo, destacou Daniel Buarque para “entrevistar” Brian Latell, ex-analista da CIA, segundo o portal. O analista faz o vaticínio, na verdade a velha cantilena neoliberal, Cuba agora seguirá um processo semelhante à China (segundo ele) com economia de mercado sem abertura política.

O Estadão afirma que Raul reduzirá e Estado cubano, pois o novo presidente disse que é preciso uma estrutura mais eficiente. Para os que pensam segundo Washington a única forma de ser eficiente é entregando tudo ao deus-mercado. É bom salientar que em Cuba a saúde e a educação, entre outras áreas, é totalmente pública.

Obviamente, com mais ou menos agressividade, todos tratam Fidel como um ditador, o que nem de longe é verdade.

Esses são apenas os primeiro que acessei. Reinaldo Azevedo, do panfleto fascista semanal, não postou nem mesmo algo curioso para ser relatado, apenas manteve sua postura de ofender, desqualificar e matar quem aparecer que não pense como os ideólogos do pensamento único, não passa de um sabujo.

A grande questão é que mais uma vez Fidel deu uma rasteira nos poderosos. Os conservadores cubanos “exilados” em Miami estavam para acender os rojões pela morte do líder revolucionário. Fidel se afasta do poder, com a certeza de que a construção revolucionária prosseguirá, e os gusanos (vermes) são obrigados a apagar os fósforos. Os EUA estão preparados para transformar a ilha novamente num bordel (que eles chamam de liberdade e democracia), mas os cubanos não parecem estar dispostos a isso.

A União Européia se dividiu, uns rapidamente declararam que é necessário libertar (na linguagem do capital, submeter) Cuba, outros se resignaram. Os governos democráticos e populares que vêm se multiplicando pela América Latina saúdam tanto Fidel quanto Raul e o povo de Cuba.

Vejamos o próximo período e aprendamos com o heróico povo de Cuba, como trilhar de fato o caminho da liberdade e da emancipação.

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

VIVA CUBA SOCIALISTA!


Desde a última segunda-feira, o assunto mais falado em toda a grande imprensa é a mensagem do presidente de Cuba, Fidel Castro, onde afirma que não aceitará ser reconduzido pela Assembléia Nacional ao posto de presidente do Conselho de Estado.

Editoriais, cadernos especiais, matérias televisivas, análises no rádio e na internet, todos os meios têm sido utilizados para tratar do assunto, e por todos os lados.

A grande imprensa venal brasileira apressa-se em tratar da transição em Cuba. Dizem eles transição para a liberdade, mas na verdade falam da transição para a exploração do povo cubano. Todos os veículos de nossa imprensa venal sacaram seus “especialistas” em economia, relações internacionais, política, “especialistas” em tudo para, de forma mais ou menos agressiva dizer resumidamente que começou a transição para democracia (ie. capitalismo), mas que isso só será concretizado com a morte de Fidel.

E elaboram os diversos tratados, teorias, exercícios de futurologia para tentar dizer para onde Cuba seguirá. Alguém lembrou de perguntar aos cubanos? Enumeram centenas, milhares do que chamam de fracassos do socialismo, tudo para ludibriar os desatentos. O que não querem dizer é algo que não cabe na ideologia do pensamento único. Como uma pequena ilha caribenha com poucos recursos naturais; com um bloqueio econômico criminoso por parte das potências; a apenas alguns quilômetros de distância da maior força imperialista que o mundo já viu conseguiu erradicar o analfabetismo, ter um dos melhores sistemas de saúde do mundo, garantir moradia a todos os seus cidadãos, entre outras inúmeras conquistas cubanas?

A resposta não está na ilha, mas sim em seu povo, o heróico povo de Cuba. O comandante Fidel Castro é parte e personificação desse povo que resistiu a todas as dificuldades no último meio século e ainda tem disposição para, solidariamente, ajudar povos de outros países.

Portanto, a transição ao capitalismo não está na pauta cubana. E o povo de Cuba, exemplo a todos os povos, saberá decidir soberanamente o caminho que quer seguir na construção cotidiana de sua revolução.

Viva o comandante Fidel Castro!

Viva o heróico povo cubano!

Viva Cuba socialista!

Até a vitória, sempre!


Leia mais:

Íntegra da mensagem do presidente Fidel Castro

João Pedro Stédile: Fidel não precisa disputar cargos

Altamiro Borges: Mídia esconde bloqueio a Cuba

Ariel Dacal: Em Cuba, não se discute o retorno ao capitalismo

Aldo Rebelo: A herança do estadista


Miguel Urbano Rodrigues: Mídia vai fazer campanha de desinformação


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domingo, 17 de fevereiro de 2008

ESTUDO PROVA QUE BOLSA-FAMÍLIA AJUDA NO DESENVOLVIMENTO

Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada, reproduziu um estudo do professor de economia da UFAL, Cícero Péricles de Carvalho, publicada na inglesa The Economist.

O estudo de Carvalho trata da injeção de recursos do Bolsa-Família em Alagoas.

Uma informação é importantíssima. A soma de tudo o que é pago pelos usineiros aos trabalhadores em Alagoas é de R$75 milhões, já o montante de recursos do programa do governo é de R$300 milhões por ano. Por esse motivo o comércio alagoano tem batido recordes sucessivos de vendas a 46 meses.

Será por isso que o latifúndio, os usineiros, os coronéis são tão contra o Lula? E olha que esse estudo torna ainda mais inexplicável o presidente-operário ter chamado os usineiros de heróis.

O importante é fazer com que os integrantes da chamada classe média do sudeste e do sul maravilha tomem conhecimento do que o professor Carvalho publicou na The Economist, pois nos estados mais endinheirados da federação a realidade não é muito diferente.

Os patrões querem é continuar matando o povo de fome e o Bolsa-Família é a parte emergencial da solução desse dilema.

Leia: Bolsa-Família é 4 vezes maior que cana-de-açúcar em alagoas

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FILIAL PARANAENSE DO PIG MOSTRA SUAS GARRAS


Nessa sexta-feira (15/02), o governador do Paraná, Roberto Requião, determinou que a Procuradoria do Estado processe o jornalista Fabio Campana e o empresário Joel Malucelli, proprietário, entre outras tantas empresas, do Paraná Banco e da rádio Bandnews.
Como todos sabem, Requião e outras forças progressistas paranaenses declararam apoio ao candidato à presidência paraguaia, o bispo Fernando Lugo.
Claro que sucursal paranaense do PIG não deixaria barato. A rádio do banqueiro Malucelli resolveu atacar, por meio do venal Fabio Campana, a posição do governador. Campana entrevistou o senador paraguaio Juan Carlos Galaverna, vinculado às velhas oligarquias que há tempos mantêm o povo paraguaio à margem do desenvolvimento.
O senador fez pesadas acusações ao governador, como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, contrabando etc., etc. Claro que não apresentou provas, mas desde quando o PIG precisa provar algo?
E o tal jornalista venal, em seu site, se defende. Diz “O jornalista não inventa. Não cria fatos. Publica-os, por dever de ofício. Pela necessidade de manter a população informada”. Quanto altruísmo!
Como explicar então que no mesmo site encontra-se publicado que Valdir Rossoni (PSDB), que dispensa maiores comentários, declarou que apresentará em Brasília as afirmações de Galaverna à Bandnews, solicitando à executiva nacional do PSDB que entre com representação junto ao Ministério Público. Rossoni ainda diz que vai ao Paraguai em busca de provas e exige explicações de Requião.
É a velha tática. Uma empresa de comunicação, por meio de algum jornalista venal publica algo, o judiciário acolhe como prova irrefutável e quem tem opinião divergente do pensamento único é condenado.
O que fará agora o Ministério Público? Aplicará outra multa? Ou simplismente a liminar da censura impedirá o governador eleito pelo povo de se defender?
Assim como o Movimento dos Sem Mídia tomou a iniciativa de denunciar judicialmente as empresas de comunicação pelo atentado à saúde pública provocado pela alarmante divugação de uma falsa epidemia de febre amarela, o governador também enfrentará judicialmente a seção paranaense do PIG.
Mas não basta as ações jurídicas, pois todos sabemos... aliás ninguém sabe como funciona a caixa-preta do judiciário.
É preciso por o bloco na rua. Denunciar ao povo as tentativas de golpe conservador patrocinado pelo PIG e suas filiais.

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O GESTO DO ENVIO AO CONGRESSO DAS CONVENÇÕES DA OIT


por Antônio Augusto de Queiroz*

O presidente Lula, num gesto simbólico, encaminhou para ratificação do Congresso duas importantes convenções da OIT: 151, sobre negociação coletiva no serviço público, e 158, sobre a proibição da demissão imotivada do trabalhador.

A Convenção 151, sobre negociação coletiva no serviço público, para que tenha efetividade no Brasil depende de alteração no texto constitucional, por força do princípio da legalidade na Administração Pública.

Ou seja, enquanto não for alterado o artigo 37 da Constituição, a negociação que implique aumento de despesa só terá validade após ser transformada em lei pelo Congresso Nacional.

A iniciativa, portanto, é um gesto importante no sentido da necessidade de institucionalizar a negociação coletiva no serviço público, mas é insuficiente para atingir esse objetivo plenamente.

De qualquer modo é uma demonstração de boa vontade e disposição para criar a cultura da negociação coletiva, permitindo aos sindicatos cobrarem dos prefeitos, governadores e do presidente República pelo menos a definição de data-base para reajuste, além de estimular a adoção de um sistema de autocomposição, no qual o que vier a ser pactuado se constitua em lei das partes, como ocorre no setor privado.

Já a Convenção 158 da OIT, relativa ao término da relação de trabalho por iniciativa do empregador, estabelece princípios e enunciados que devem ser observados para efeito de despedida do trabalhador por iniciativa do empregador.

Trata-se de importante convenção - já foi ratificada pelo Congresso em 1992 e denunciada por FHC em 1996 - que inibe a dispensa de empregados a menos que exista causa justificada relacionada à capacidade, comportamento ou necessidade de funcionamento da empresa, estabelecimento ou serviço, conforme seu artigo 4º.

O setor patronal, contrário à Convenção, certamente terá algum tipo de resistência, seja alegando que a regulamentação da matéria depende de lei complementar, nos termos do inciso I do artigo 7º da Constituição, seja condicionando sua vigência à revogação da multa de 40% que incide sobre o FGTS em dispensa sem justa causa, conforme estabelece o artigo 10 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição.

De fato, o inciso I do artigo 7º da Constituição garante “relação de emprego protegida contra despedida imotivada ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos”, e o artigo 10 do Ato das Disposições Transitórias diz que, até que seja regulamentado esse dispositivo, a multa por dispensa passa de 10% para 40% do saldo do FGTS.

O texto constitucional garante “proteção contra despedida imotivada” e “indenização compensatória, entre outros direitos”. Portanto, não há incompatibilidade entre proteção e indenização, mesmo nos casos em que for autorizada ou justifica a demissão, bastando que a lei complementar explicite isto.

Embora as regras impositivas estejam reservadas à lei complementar, nada impede que uma convenção internacional, que têm status de lei ordinária, possa estabelecer princípios que pautem a conduta dos empregadores na relação com seus empregados, recomendando que as dispensas só sejam aceitáveis quando socialmente justificadas.

Além disto, a despedida arbitrária ou imotivada do trabalhador, cuja remuneração possui natureza alimentar, é uma agressão aos direitos humanos e, segundo o parágrafo 3º do artigo 5º da Constituição Federal:

“Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”.

Assim, bastaria que o Congresso aprovasse o convênio nos termos do artigo 5º da Constituição para superar quaisquer questionamentos quanto a eficácia da convenção contra a dispensa imotivada.

As iniciativas presidenciais, embora não gerem efeitos práticos imediatos – tanto porque ainda dependem da aprovação do Congresso, quanto porque os convênios não são auto-aplicáveis – são muito louváveis, porquanto sinalizam a disposição do Governo de enfrentar esses dois temas.

*Antonio Augusto de Queiroz é jornalista

Fonte: Vermelho


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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

CTB NA LUTA CONTRA DEMISSÕES NA COTEMINAS

Foi como um golpe traiçoeiro e uma surpresa revoltante que trabalhadores e trabalhadoras da Cotenor, integrante do grupo Coteminas, receberam a notícia de que a direção da empresa tinha decidido demitir 20% dos seus 4 mil trabalhadores e trabalhadoras em Montes Claros, norte de Minas Gerais. Isto significa 800 pais de família no olho da rua de um momento para o outro.

Os dirigentes do sindicato da categoria estão mancomudados com os patrões e conciliaram com as demissões, mesmo sabendo que podem provocar um sério problema social na cidade. Apesar da traição da diretoria de sua entidade, os trabalhadores não ficaram imobilizados. Lideranças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que disputam as próximas eleições para renovar a direção da entidade, estão organizando uma resistência enérgica às demissões e em defesa do emprego. Registre-se que a Conteminas chama seus funcionários de "colaboradores". É hora de refletir a respeito desta palavra enganadora, que ainda ilude muitos operários: é assim que se trata um "colaborador", com demissão sumária e imotivada? Para manter o emprego de nada vai adiantar apelar para o espírito de "colaboração" patronal, que nunca passou de uma balela. Só na luta a classe trabalhadora vai se fazer respeitar.

Ato pelo emprego

Confira abaixo informações publicadas em "O Norte de Minas" (www.onorte.net) sobre a luta na Conteminas.

"Na tarde de segunda-feira, 11-2, centenas de pessoas com faixas, cartazes e panfletos realizaram uma manifestação em frente à empresa Cotenor, que faz parte do grupo Coteminas, que teve como objetivo, chamar a atenção da população e das autoridades constituídas do município quanto às demissões que vem acontecendo no setor da fiação desta empresa. De acordo com Lourival Soares Ribeiro, um dos organizadores do movimento, este tem como finalidade tentar reunir com os diretores da empresa, no sentido de tentar reverter o atual momento de desestabilidade de inúmeros funcionários que se sentem inseguros quanto ao futuro dentro do grupo Coteminas. Operários da fábrica da Coteminas na cidade, ligados a Central dos Trabalhadores do Brasil, estiveram reunidos na tarde do último domingo na sub-sede Norte do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais, onde discutiram as demissões anunciadas pela empresa nos últimos dias e decidiram pela realização de uma jornada de lutas que se iniciou na tarde de ontem. É importante salientar ainda que estas manifestações não tem nenhuma conotação política partidária, mas, sim, buscar soluções práticas que venha de encontro com os interesses dos funcionários.

Câmara

De acordo com ele, está programada para acontecer na manhã de hoje, nas dependências da câmara de vereadores, manifestação quanto às demissões na Coteminas, com o objetivo de buscar apoio dos vereadores, mobilizando desta forma toda a população. – Não nos curvaremos aos desmandos da direção da empresa. A Coteminas está entre as empresas que mais lucram no país e não se justifica a demissão de centenas de trabalhadores para aumentar ainda mais este lucro. É uma crueldade o que estão fazendo com os operários e suas respectivas famílias, salienta.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Vigilância e Segurança e Transporte de Valores do Norte de Minas, Carlos Antunes, é importante que as demais categorias de trabalhadores e seus respectivos sindicatos e centrais estejam lado a lado com os funcionários da Coteminas nessa que é considerada por ele como uma significativa jornada de luta.

Fonte: CTB

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LULA DEFENDE REDUÇÃO DA JONADA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira (14) a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, dizendo que ela trará melhor qualidade de vida e ''aumentar as horas de lazer do trabalhador''. A redução da jornada é hoje a principal bandeira unificada das centrais sindicais, que coletam um abaixo-assinado gigante em apoio ao projeto do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) neste sentido. O apoio de Lula foi feito ao encaminhar ao Congresso duas mensagens que ratificam convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Lula discursa em favor da redução da jornada

Para o presidente, a redução da jornada, bandeira das centrais sindicais, não poderia ser proposta pelo governo porque se tornaria um embate com a oposição. Conciliador, Lula disse também que não fazia nenhum discurso ''contra qualquer empresário''. ''Nós precisamos uns dos outros, os empresários dos trabalhadores, os trabalhadores dos empresários e a Nação precisa dos dois'', disse. Mesmo assim, o endosso do presidente, que já encabeçou o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, empresta impulso à campanha das centrais.

''Um dia não vai ter tanta central'

Lula disse ainda que está em fase final de análise a proposta das Centrais de colocar um representante dos empregados em todos os conselhos administrativos das empresas públicas brasileiras. Ele agregou que em março pretende realizar um jantar com representantes das Centrais Sindicais.

O presidente defendeu a união entre as centrais e disse que as divergências devem ser superadas. ''Acredito que um dia não vai ter tanta central, mas é um processo de amadurecimento'', afirmou, para uma platéia que contava com dirigentes de seis das oito centrais existentes no país, entre eles Wagner Gomes, da mais recente delas, a CTB, fundada em dezembro último.

Lula brincou: ''Vocês não precisam se gostar, não precisam se amar, não vão fazer casamento entre vocês. As convergências são infinitamente maiores que as divergências.'' Lula lembrou que, no passado, quando uma central sindical ia ao presidente, as demais se recusavam a participar do mesmo encontro.

Abaixo-assinado de 1 milhão

Na segunda-feira (11), as centrais lançaram um abaixo-assinado em defesa da redução da jornada de trabalho, sem alteração em salários e benefícios, dentro da Campanha Nacional Unificada pela Redução da Jornada de Trabalho, iniciada em janeiro. O objetivo é colher 1 milhão de assinaturas em apoio ao projeto do deputado (hoje senador) Inácio Arruda (PCdoB-CE), que reduz a jornada semanal de 44 para 40 horas.

Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) fundamenta a proposta pela geração de empregos que ela produziria. A redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais (uma queda de 9,09%) poderia gerar 2,25 milhões de postos de trabalhos no país, sustenta o Dieese.

Fonte: Vermelho

Leia Também:

Mensagem de Lula ao Congresso beneficia trabalhadores Dircurso de Lula às centrais sindicais

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

ATO EM SÃO PAULO DÁ A LARGADA DA CAMPANHA PELA REDUÇÃO DA JORNADA

por Osvaldo Bertolino


Com a presença de mais de mil pessoas, as centrais sindicais lançaram, na segunda-feira (11), a Campanha Nacional pela Redução da Jornada de Trabalho sem redução de salário. No início do evento, ocorrido no centro da cidade de São Paulo, os oradores anunciaram que os metalúrgicos paulistas ligados à Força Sindical atrasaram em uma hora o início da jornada, em 32 municípios do Estado, como parte da campanha.


O ato oficial começou com o pronunciamento do presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, que saudou uma manifestação de motoboys que protestavam contra as medidas que penalizam os motociclistas — entre elas o excesso de multas e o aumento abusivo do seguro obrigatório. Em seguida, o presidente da CTB disse que aquele ato estava lançando a campanha em todo o país e que a demonstração de unidade do movimento sindical em torno da bandeira da redução da jornada de trabalho era um passo decisivo.


CTB defende 1º de Maio unificado


Wagner Gomes lembrou que o Brasil tem uma grande dívida com os trabalhadores — a má distribuição da renda nacional. “A redução da jornada de trabalho sem reduzir o salário é uma das formas para combater a concentração da renda nas mãos de poucos, o retrato da injustiça social em nosso país”, afirmou. O presidente da CTB também conclamou os trabalhadores a fazer um grande esforço para coletar as assinaturas até o 1º de maio — quando a campanha deverá ganhar novo impulso. “Está na hora de as centrais fazer um 1º de Maio unificado e fazer também um congresso para unificar as lutas pelas principais bandeiras dos trabalhadores”, finalizou.


O integrante da direção nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Antônio Carlos dos Reis, o Salim, disse que a unificação das centrais é a garantia de mais dignidade para os trabalhadores. E citou os exemplos do aumento real do salário mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda (IR), que, segundo ele, foram resultados da unificação das centrais. “Agora, precisamos desta unidade para fazer os congressistas, os governantes, votarem a favor do projeto dos senadores Paulo Paim e Inácio Arruda”, disse.


Luizinho, representante da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), afirmou que a bandeira prioritária das centrais é mais e melhores empregos. “Para acabar com a informalidade do trabalho no Brasil, é preciso quebrar o gesso constitucional que impede a redução da jornada”, afirmou, em alusão ao fato de a Constituição estabelecer a jornada de trabalho em 44 horas semanais. “Por isso, estamos empenhados em fazer com que os congressistas ouçam a classe trabalhadora”, disse ele. Ao mesmo tempo, segundo o representante da NCST, é preciso cobrar urgência para a legalização das centrais.


Regulamentação das convenções da OIT


Pela Força Sindical, primeiro falou José Eleno Bezerra — presidenteda Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi,e vice-presidente da central. “Quero ressaltar a importância deste grande passo que as centrais unidas estão dando em defesa dos direitos dos trabalhadores”, afirmou. “Com a redução da jornada, os trabalhadores terão mais tempo para estudar, se capacitar — além de ter mais tempo para o lazer”, afirmou. José Eleno Bezerra também lembrou que os metalúrgicos paulistas iniciaram o dia com paralisações para marcar o lançamento da campanha.


Edílson de Paula, presidente paulista da sessão estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), também lembrou que a 4ª Marcha, realizada no ano passado, resultou em aumento real do salário mínimo e na correção da tabela do IR. “Agora, esta unidade não pode se restringir a este ato — ela precisa chegar aos locais de trabalho”, destacou. Edílson de Paula também comentou a decisão do governo Lula de enviar ao Congresso Nacional a regulamentação das convenções 151 e 158 da OIT como resultado da luta unitária das centrais.


Cartão corporativo e cartão de ponto


Gilson Reis, presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Simpro-Minas) e coordenador da CTB naquele Estado, anunciou que uma delegação mineira estava presente e que ao mesmo tempo um ato semelhante estava ocorrendo em Belo Horizonte. Segundo ele, três questões fundamentais deveriam ser destacadas na campanha: a redução da jornada, que não ocorre desde a Assembléia Nacional Constituinte de 1988; a alta produtividade do trabalho registrada nos últimos anos; e a defesa de uma agenda política do trabalho, que se oponha à tentativa da direita de impor a sua agenda conservadora.


Gilson Reis destacou que enquanto a direita tenta impor a agenda dos cartões corporativos, as centrais defendem a agenda do cartão de ponto, do trabalhador. “Redução da jornada, reforma agrária, reforma tributária justa para o trabalhador e desenvolvimento com valorização do trabalho é a agenda que as centrais defendem”, afirmou. Ele também lembrou que a unidade dos trabalhadores é a bandeira mais importante para o desenvolvimento destas lutas.


Taxa de juros e remessa de lucros


O vice-presidente nacional da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira, também destacou a importância da unidade das centrais sindicais. “Esta unidade da classe operária é que nos leva à vitória”, disse ele. “Só unidos sairemos vitoriosos desta batalha”, afirmou. Para Bira, a redução da jornada de trabalho é fundamental para combater o desemprego. “Sem trabalho, o trabalhador e sua família não têm saúde, moradia, alimentação e se desagrega”, destacou. “O emprego é um direito do trabalhador”, enfatizou.


Bira também falou sobre a alta taxa de juros praticada pelo Banco Central (BC) — segundo ele um dos fatores que causam tanto desemprego no país. De acordo com Bira, Henrique Meirelles, presidente do BC, está tentando sabotar a economia nacional e enganando o presidente Lula ao dizer que o país precisa de uma taxa de juros elevada. O vice-presidente da CGTB também falou sobre a remessa de lucros pelas multinacionais ao exterior, que alcançou US$ 21,2 bilhões em 2007. “Enquanto eles enviam este lucro para fora, pagam salários miseráveis aqui”, disse.


Combate também ao banco de horas


O presidente da UGT, Ricardo Patah, disse que a redução da jornada tem dois vieses: a educação do trabalhador, que hoje enfrenta uma jornada que impede a dedicação aos estudos; e a criação de empregos. Patah também afirmou que é preciso combater o banco de horas — segundo ele uma situação de descaso com a saúde e a vida social dos trabalhadores. O presidente da UGT destacou que uma minoria da sociedade concentra grandes riquezas sem trabalhar enquanto a imensa maioria trabalha até mais de 50 horas por semana. “As centrais unidas têm força e voz para começar a mudar esta situação”, afirmou.


Outro representante da Força Sindical, o secretário-geral da central João Carlos Gonçalves, o Juruna, declarou que a conquista da redução da jornada será fundamental. “As centrais trabalhando unitariamente é a certeza de que podemos obter esta vitória”, disse. Juruna lembrou que a luta pela redução da jornada é antiga. Segundo ele, desde o início do século XX que os trabalhadores têm esta bandeira como uma de suas prioridades. As vitórias obtidas ao longo desta luta, afirmou, podem continuar agora com esta campanha.


CUT defende unidade na Luta


O presidente nacional da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, lembrou que há 20 anos não ocorre redução da jornada de trabalho no Brasil. “Nestes 20 anos, os empresários elevaram seus lucros por meio da produtividade”, disse. Segundo Artur, a produtividade da indústria brasileira cresceu 150% nos últimos 15 anos. “Os salários médios no Brasil ainda estão abaixo da maioria dos países que mantêm relações comerciais conosco. Esses dois fatores comprovam que há não apenas espaço, mas necessidade da redução da jornada", ressaltou.


Ele também destacou que com a redução da jornada de 44 para 40 horas será possível gerar mais de 2,2 milhões de empregos, repartindo com o conjunto da sociedade os imensos ganhos obtidos com o aumento da produtividade. Sobre a unidade das centrais nesta campanha, Artur disse que ela tem grande importância. Segundo ele, cada central tem a sua forma de interpretar a conjuntura política e outras questões pertinentes aos trabalhadores, mas a unidade na luta é uma muito importante.


Importância para as mulheres


Outra questão relevante lembrada no ato foi o papel das mulheres nesta campanha. A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs) e dirigente da CUT Lucilene Binsfeld, a Tudi, disse que a redução da jornada é importante para o bem-estar do trabalhador, valorizando o convívio familiar e o direito ao lazer. A presidente do Sindicato das Costureiras de São Paulo — filiado à Força Sindical —, Eunice Cabral, também falou sobre a importância da redução da jornada de trabalho para as mulheres.


A secretária de formação e cultura da CTB, Celina Arêas, lembra que o ato de lançamento da campanha marcou o início de uma luta que tem particular importância para as mulheres. “Para se ter uma idéia desta importância, no país 109,2 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade declaram exercer atividades domésticas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, de 2001 e 2005”, afirma. Celina Arêas destaca que a dupla jornada atinge principalmente as mulheres. “As mulheres têm um percentual de participação em afazeres de casa de 90,6% (71,5 milhões), enquanto 51,1% (37,7 milhões) dos homens realizam esse tipo de tarefa”, afirma.

Fonte: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB

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