sábado, 30 de abril de 2011

Maiakovski: Meu Maio

Vladimir Maiakovski

A todos 
Que saíram às ruas 
De corpo-máquina cansado, 

A todos 
Que imploram feriado 
Às costas que a terra extenua – 
Primeiro de Maio! 

Meu mundo, em primaveras, 
Derrete a neve com sol gaio. 
Sou operário – 
Este é o meu maio! 

Sou camponês - Este é o meu mês. 
Sou ferro – 
Eis o maio que eu quero! 

Sou terra – 
O maio é minha era! 

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

O clichê da grande imprensa e os fatos

Max Altman*

O professor de jornalismo Eugênio Bucci vive apregoando pelos quatro cantos a defesa de um jornalismo isento, com base na verdade, objetivo, não manipulado. E o que vemos em seu artigo O fundamentalismo do Estado cubano (O Estado de S. Paulo, p. A2, 21 de abril), que aborda o VI Congresso do Partido Comunista de Cuba recém realizado? Não há qualquer isenção, a verdade é agredida, a objetividade, esquecida, se enreda em fantasias tortuosas e a manipulação é grosseira. 

Convido o leitor a percorrer o Herald Tribune, o El Nuevo Herald, o Diario de las Americas, porta-vozes em Miami das organizações cubano-americanas contrarrevolucionárias, e não encontrará sequer algo parecido em termos de desonestidade. Enfim, não é um texto de mestre da Escola de Jornalismo da USP (Universidade de São Paulo), e sim um panfleto que retrata sua atual inclinação ideológica. 

O professor Bucci decretou a morte física e política de Cuba: “A renovação anunciada no congresso dos comunistas cubanos é a antessala da morte. Física e política". Não é o que pensa Catherine Ashton, Alta Representante de Política Exterior da União Europeia e vice-presidente da Comissão Europeia, a mesma que defende ardorosamente a participação dos países europeus na guerra civil da Líbia. A Europa Press informa que ela seguiu com interesse o Congresso e disse que a União Europeia celebra o anúncio de reformas econômicas feito pelo regime de Raúl Castro e considera que o anúncio do PCC (Partido Comunista de Cuba) “indica que há avanços significativos na frente econômica e apontam progressos remarcáveis também no plano político". 
  

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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cuba vibra na voz de seu futuro

Oscar Sánchez Serra

O povo, unido, revolucionário, socialista e fidelista, agitou suas bandeiras de combate e gritou vivas à Revolução, a Fidel, a Raúl, ao Partido e ao seu Congresso, iniciado neste dia de marcha, como sinal inequívoca de que este é o Partido da Nação, o Partido do Povo.

Que diferente esta manhã de 16 de abril daquela de há 50 anos! Na época, a Pátria tinha sido invadida, mas vitoriosa ontem e hoje, exclamou novamente, como o fez o comandante-em-chefe ao despedir as vítimas do covarde ataque aos aeroportos de 15 de abril de 1961, Viva o socialismo!

Por esse socialismo, por essa Revolução dos humildes, com os humildes e para os humildes, Cuba vibrou na voz de seu futuro. "Os jovens saberemos defendê-la, porque o guia foi certo", disse numa mensagem clara ao imperialismo, que não só foi derrotado na Baía dos Porcos, mas que também foi testemunha dos mais de 50 anos de vitórias de um povo consequente com sua história, sob cujos princípios e exemplo constrói o futuro.

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Quem quer parar o Brasil e por quê?

Na visão da economista Leda Paulani, da USP, em conversa com Carta Maior, o Brasil materializou nos últimos anos um pedaço da sociedade prevista na Constituição Cidadã de 1988. Estavam delineados ali, no seu entender, alguns dos impulsos mais fortes à expansão do mercado interno, finalmente viabilizados nos últimos anos. No entanto, ressalta, "existe uma análise ortodoxa que acusa esse processo de conduzir a sociedade a um esgotamento de sua capacidade produtiva; como se a demanda avançasse além da oferta possível com o pleno emprego dos recursos e potencialidades disponíveis no sistema”. A terapia embutida nesse diagnóstico, critica, pode interromper esse processo.

Saul Leblon (da Carta Maior)

O Brasil vive uma travessia crucial do seu desenvolvimento. Nos últimos anos, o país ativou potencialidades adormecidas. Algumas, deliberadamente asfixiadas. Contido por iníqua distribuição de renda e a omissão secular do Estado em relação à pobreza, o mercado interno, por exemplo, emergiu como um leão faminto. 

Bastou uma fresta de tempo de avanços nas políticas sociais, no emprego, no crédito, mas sobretudo na recomposição de poder aquisitivo do salário mínimo e surgiu uma faixa de consumo de massa que já reúne 53% da população e 46% da renda nacional. 

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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Carta do I Encontro Estadual dos Blogueiros Progressistas do Paraná

Ao cumprirem-se 47 anos do golpe militar que implantou a mais longa ditadura política da América Latina e o mais longo período de censura à imprensa e às liberdades democráticas no Brasil, nosso país passa por um momento singular na história da comunicação social e da própria sociedade. Como em tempos não muito remotos, a evolução técnica – ‘a descoberta da imprensa’ – exige que a sociedade reformule sua estrutura.

A comunicação social tem estreita relação com a estrutura de poder.

Isso fica meridianamente claro quando o documentário “Um dia que durou 21 anos” dirigido por Camilo Tavares, mostra com base em documentos e testemunhos, a forma como a chamada “grande imprensa” e o embaixador dos Estados Unidos da América, Lincoln Gordon foram a  liderança “de facto” não só do golpe de primeiro de abril de 1964, mas do próprio governo golpista.

Uma realidade caracterizada pela excessiva e flagrante concentração dos meios em mãos de poucas e enormes empresas, mas de caráter quase familiares, ligadas por uma extensa rede de dependência econômica e financeira com grupos e governo de uma potencia estrangeira, denuncia o caráter anti-democrático e anti-nacional do enorme poder de fato exercido por estas empresas.

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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Congresso da FSM debate crise do capitalismo e globalização

A crise econômica que açoita o capitalismo e as consequencias da globalização neoliberal no mundo do trabalho são temas de debate nesta sexta-feira (8) do 16º Congresso Sindical Mundial, promovido pela Federação Sindical Mundial (FSM) em Atenas.

Como parte da penúltima sessão plenária os quase 800 participantes de 105 países também dialogarão sobre o papel dos sindicatos e as lutas operárias na Europa.

De acordo com a agenda entregue a delegados e convidados, a sessão da tarde se dedicará integralmente à modificação dos estatutos da Federação Sindical Mundial (FSM), fundada em outubro de 1945 em Paris.

No plenário da quinta-feira leram-se mensagens de saudações da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do secretário geral da Organização de Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que desejaram o sucesso da reunião.

O secretário-geral da FSM, George Mavrikos, apresentou no primeiro dia de debates o relatório do plano de ação 2006-2010 e considerações sobre o Pacto de Atenas, submetido à consideração dos delegados.

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PCdoB defende que governo Dilma tenha mais audácia

A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil reúne-se nesta sexta-feira (8) em São Paulo para discutir a situação do país e as tarefas do Partido. Entre os temas em debate destaca-se o início da elaboração do plano eleitoral para 2012, quando haverá o pleito municipal.

O presidente do partido, Renato Rabelo referiu-se na intervenção de abertura à situação internacional, chamando a atenção para as ameaças que esta encerra. “Vivemos num mundo perigoso, marcado por crescentes intervenções do imperialismo”. São exemplos disso, na sua opinião, a guerra das potências imperialistas contra a Líbia e as provocações desestabilizadoras na Síria. Diante desse quadro, o dirigente do PCdoB defendeu que é necessário denúncia e mobilização.

Partindo da constatação de que o governo da presidente Dilma tem um bom começo, com elevado índice de aceitação popular, segundo as pesquisas, o presidente do PCdoB fez críticas à política macroeconômica, que caracterizou como híbrida e para a qual é preciso buscar alternativas. Para Renato, a linha da política macroeconômica é o hibridismo, uma mescla de aspectos desenvolvimentistas com elementos da ortodoxia neoliberal. 

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quarta-feira, 6 de abril de 2011

FSM inicia seu 16º Congresso

Trabalhadores de todas as partes do mundo já se encontram na Grécia para participar do 16º Congresso da Federação Sindical Mundial (FSM). Sob a diretriz do Pacto de Atenas, os sindicalistas debaterão entre os dias 6 e 10 de abril a atual conjuntura mundial e as perspectivas de luta da classe trabalhadora.

A delegação da CTB já está em Atenas para participar do Congresso. Seu presidente, Wagner Gomes, entende que será uma grande oportunidade para reafirmar os princípios classistas da Central, além de realizar um rico intercâmbio com entidades de todo o planeta.

“Como o último Congresso ocorreu em 2005, antes de a CTB ser fundada, será uma experiência bastante rica para nossa Central. Entendemos também que a América Latina passa por um momento histórico de transformações políticas e, nesse sentido, o sindicalismo da região certamente terá importantes contribuições a oferecer durante os debates”, afirmou o dirigente.

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Atenas virtualmente ocupada pelo 16º Congresso da FSM

Nesta quarta-feira (6), Atenas está hoje virtualmente ocupada pelos mais de 800 delegados de todo o mundo que participarão até o próximo domingo do 16º Congresso Sindical Mundial, e por centenas de cartazes nas principais ruas da milenária cidade.

Posters em grego, inglês, espanhol, francês e árabe estão pregados em diferentes ruas da capital grega, como Syntagma, onde se encontra o Parlamento Helênico, o que torna quase impossível aos quase quatro milhões de atenienses e visitantes se abstrair do fórum operário.

Entusiasmo

Alguns dos participantes, especialmente os latino-americanos que tiveram que cruzar o Atlântico para assistir ao encontro, se esqueceram do cansaço na noite desta terça-feira (5) e conversaram animadamente sobre os desafios da Federação Sindical Mundial (FSM), criada em outubro de 1945.

De acordo com os organizadores, espera-se na inauguração cantos e danças dos diferentes continentes, além de saudações de delegados e sindicatos nacionais.

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terça-feira, 5 de abril de 2011

O espectro do Caixa 2 ronda o ninho tucano e pode mudar os rumos da disputa de 2012 em Curitiba

Milton Alves*

Uma decisão tomada em Brasília nesta semana pode mudar o rumo do jogo no ninho tucano. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a reabertura das investigações do caixa 2 na campanha de eleitoral de 2008.

Vale recordar os fatos. Durante a campanha eleitoral de 2008 a coligação encabeçada pela dupla Beto/Ducci operava um esquema de compra de apoios políticos através de um comitê eleitoral que era coordenado por funcionários e políticos ligados à base política de apoio do então prefeito Beto Richa.

O escândalo teve ampla repercussão nacional  e ficou conhecido em virtude do modus operandi do chamado Comitê Lealdade, que organizava a distribuição de dinheiro para os apoios comprados, conforme imagens fartamente divulgadas pela mídia. 

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sábado, 2 de abril de 2011

A mentira de 31 de março de 1964

Editorial do Vermelho - 31 de março de 2011

No dia 1º de abril de 1964, a conspiração que uniu as altas esferas do empresariado brasileiro, os latifundiários, os chefes militares, a hierarquia católica conservadora e agentes do imperialismo dos EUA depuseram o presidente constitucional João Goulart e deram início à ditadura militar que marcou as duas décadas seguintes pelo sangue dos patriotas e democratas, pela destruição da democracia e do Estado de Direito no Brasil.

Desde aquele dia inaugural da ditadura, a data que tem sido lembrada é a da véspera, 31 de março, pela folclórica razão de que, sendo o 1º de abril o dia da mentira, o golpe militar se tornaria alvo de chacota entre o povo.

O 1º de abril teria sido o dia mais indicado para lembrar aquele episódio nefasto. Era mentira que os golpistas defendiam a democracia, como alegavam; não era verdade que defendessem a soberania brasileira nem o desenvolvimento do país.

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Golpe de 1964: 47 anos

Charge de Junião para o Diário do Povo.


Uma imagem, às vezes, explica melhor que palavras.

Fonte: Vermelho

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