sexta-feira, 29 de maio de 2009

10 MIL NO RIO EM DEFESA DA PETROBRÁS

A marcha em defesa da Petrobras e por uma nova legislação para o setor teve início na Praça da Candelária e seguiu pela Av. Rio Branco até a sede da Petrobras, na Av. Chile, onde os cerca de 13 mil manifestantes deram um abraço simbólico no prédio da empresa.
A atividade foi convocada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Federação Única dos Petroleiros (FUP), e teve a presença de diversas organizações dos movimentos sociais, entre elas CGTB, MST, UNE, ABI, Conam, diversos sindicatos como Sindipetro, Metalúrgicos do RJ e Bancários; além de parlamentares federais, estaduais e vereadores.
Maurício Ramos, presidente da CTB-RJ, denunciou que a CPI da Petrobras tem o objetivo de impedir o projeto de desenvolvimento do país. "Nestes dois mandatos do presidente Lula, o Brasil voltou a crescer. E a Petrobras tem um papel importante. Ela voltou a construir e a gerar emprego. A turma do FHC quer impedir o país de crescer. Quer impedir o desenvolvimento de maneira irresponsável, em um momento que o mundo enfrenta uma crise".
"É uma postura anti-povo! Recentemente, a Petrobras decidiu arrendar um estaleiro em que os trabalhadores estão há cinco meses sem receber os salários. A empresa quer construir plataformas. Mas estão dificultando essa saída", disse Mauricinho.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Alex dos Santos, "a Petrobras é o carro chefe do desenvolvimento do Brasil. O DEM e o PSDB querem desestabilizar o país. Não podemos permitir isso! O povo está nas ruas porque acredita que a Petrobras é nossa! Não iremos abrir mão do que é nosso. E que foi conquistado com muita luta".
Para Alex, "a Petrobras tem importante papel na construção de um país mais justo, e, sobretudo, soberano. Essa é sua vocação".
Divanilton Pereira, membro da direção executiva nacional da CTB e dirigente da FUP, declarou ao Portal CTB que os trabalhadores não admitirão “que Petrobras seja instrumentalizada em função de disputas eleitorais que, na verdade, é o que tem feito a oposição no Congresso Nacional. A Petrobras tem garantido que a crise internacional não atinja a população, como está ocorrendo em outros países". O dirigente declarou ainda que os petroleiros irão "denunciar todos os movimentos que visam atingir o desenvolvimento da empresa”.
Mauricio Azedo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), lembrou que foi no auditório da entidade que teve início a campanha O Petróleo é Nosso. "Foi uma idéia vitoriosa, que resultou na lei 2004/53. A ABI apoia todo esforço e mobilização em defesa da soberania nacional".
Azedo ainda criticou a grande imprensa: "Temos que multiplicar isso. Vencer a barreira da desinformação, que também é a nossa luta", disse.
Fonte: Portal CTB

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quinta-feira, 28 de maio de 2009

DIEESE: EMPREGO SOBE E RENDA CAI

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país subiu de 15,1% para 15,3% em abril, de acordo com informações do Dieese. O contingente de desocupados no universo da pesquisa somou 3,079 milhões, 69 mil a mais do que em março. A massa do rendimento dos trabalhadores e trabalhadores caiu 1,6% em março.

A taxa de desemprego aberto (formada pelos que procuraram emprego nos últimos 30 dias) passou de 10,5% para 10,9%, enquanto a do desemprego oculto (que compreende os que desistiram de procurar um novo posto de trabalho e subempregados) caiu de 4,6% para 4,4%, refletindo a evolução da taxa de participação, de 60,7% para 61%.

Setores

A pesquisa aponta a criação de 52 mil postos de trabalho no mês, número que se revelou “insuficiente para absorver a entrada de 122 mil pessoas no mercado de trabalho, o que resultou no acréscimo de 69 mil pessoas ao contingente de desempregados. O total de ocupados nas seis regiões investigadas foi estimado em 17,016 milhões e a População Economicamente Ativa, em 20,095 milhões.

Em termos setoriais, o nível ocupacional cresceu nos Serviços (criação de 79 mil ocupações, ou aumento de 0,9%) e na Construção Civil (33 mil ocupações a mais, ou 3,3%), manteve-se praticamente estável no Comércio (-5 mil postos de trabalho, ou -0,2%) e no agregado Outros Setores (-2 mil, ou -0,1%) e diminuiu na Indústria (eliminação de 53 mil ocupações, ou -2,1%). Em março, no conjunto das regiões pesquisadas, os rendimentos médios reais de ocupados e assalariados apresentaram pequenos decréscimos (0,8% e 0,3%, respectivamente) e passaram a valer R$ 1.203 e R$ 1.272.

Renda declina

O rendimento médio real dos ocupados diminuiu em Recife (3,1%, passando a valer R$ 739), Belo Horizonte (2,5%, R$ 1.163), Distrito Federal (2,2%, R$ 1.827) e, em menor medida, em São Paulo (0,6%, R$ 1.238). Cresceu em Salvador (3,0%, R$ 1.002) e Porto Alegre (0,7%, R$ 1.216).

No conjunto das regiões pesquisadas, a massa de rendimentos dos ocupados diminuiu 1,6% e a dos assalariados 0,9%. Para os ocupados, esse desempenho refletiu a redução do nível ocupacional e dos rendimentos médios, enquanto para os assalariados deveu-se, principalmente, ao decréscimo do nível de emprego.

Por posição na ocupação, houve pequena variação positiva no assalariamento total (0,3%), como resultado do aumento do emprego público (2,5%), uma vez que o assalariamento privado permaneceu praticamente estável (-0,1%). Neste último segmento, diminuiu o contingente de assalariados com carteira de trabalho assinada (-40 mil, ou -0,5%) e aumentou o dos sem carteira (26 mil, ou 1,5%). Cresceu o número de trabalhadores autônomos (1,3%) e reduziram-se os contingentes classificados nas demais posições (1,0%) e de trabalhadores domésticos (0,7%).

Fonte: Portal CTB

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

CONTINUA A GREVE DOS PROFISSIONAIS DA CAIXA

Impera na direção da Caixa Econômica Federal e em setores do governo ainda a lógica da exploração máxima dos trabalhadores.

Isso tem se comprovado nas diversas negociações ocorridas nos últimos anos em que, a Caixa sempre se posiciona de forma taxativa em não ceder em nada às reivindicações dos empregados, e mais que isso, descumprindo os acordos assinados.

Muitos são os exemplos recentes dessa postura truculenta da Caixa, como nas negociações sobre o PCS da carreira administrativa, sobre as promoções por merecimento, sobre as questões dos aposentados, sobre o Saúde Caixa, sobre a isonomia entre novos e antigos. Em todos esses casos, a empresa procurou portar-se como um mero banco privado, de mercado, contrapondo-se a qualquer reivindicação dos trabalhadores e buscando, a todo custo, eliminar conquistas e arrefecer o espírito de luta dos empregados da Caixa.

A mais recente trata do Plano de Cargos e Salários (PCS) da carreira administrativa, que congrega, entre outros, engenheiros, arquitetos e advogados. A Caixa insiste em apresentar uma proposta de tabela salarial que, além de ser muito aquém dos anseios da categoria, ainda não soluciona os graves problemas existentes, como a questão da jornada de trabalho de 6h, as dificuldades e impedimentos de migração para a nova tabela, a isonomia, entre outras.

Ao longo do processo, a Caixa apenas maquiou a mesma proposta ruim já realizada, tentando chantagear esses trabalhadores que, entre outras atividades, são responsáveis pela aplicação dos recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

Os empregados da carreira profissional, mostrando muita determinação e disposição de luta, cruzaram os braços desde 28 de abril, construindo uma forte greve nacional que já avança pelo 23º dia.

Como se não bastasse a intransigência em negociar, a Caixa, mais uma vez, ajuizou um dissídio junto ao TST, tentando arrefecer a greve. Mais uma vez, a tática da diretoria da Caixa foi um fracasso. A greve, mesmo já se prolongando, não diminui.

O Ministro João Oreste Dalazen, do TST, fez uma tentativa de conciliação nesse dia 18 de maio que chegava a 31% de reajuste no piso salarial e obrigou as partes a retomarem as negociações que continuaram sem avanços em rodada dia 19. Nova audiência está marcada para dia 20 de maio.

Com o impasse, a greve continua.

Os empregados da carreira profissional, que totalizam cerca de 2.500, dos cerca de 80mil empregados da Caixa não pretendem a ceder às chantagens da empresa e mostram disposição de prosseguir em luta.

Nos últimos anos a Caixa tem tentado dividir os empregados em segmentos distintos, enfraquecendo o conjunto do movimento. Essa greve nos prova que é necessário a unidade.

A campanha salarial dos bancários de 2009, que está em seus primeiros acenos, promete grandes embates em grandes demandas. O caminho é a unidade da categoria e, na Caixa, dos empregados das carreiras administrativa e profissional em uma só frente de batalha, pois as questões fundamentais reivindicadas são as mesmas.

Proposta da Caixa*       Proposta do TST*

Níveis:       36                   não trata

Variação: 51%             38%

Piso:        R$5.700            R$6.600

Teto:         R$8.621          R$9.117

*Não tratam das demais reivindicações

 

Fonte: Bancários Classistas

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segunda-feira, 18 de maio de 2009

1º DE MAIO: DIA DO TRABALHO OU DO TRABALHADOR?

Jefferson Andrade* 

Há algum tempo temos visto um crescimento sem precedentes de referências ao dia 1º de maio como “dia do trabalho”, tanto na imprensa, em agendas oficiais e até mesmo na marcação de calendários ao referir-se à razão do feriado.

 

Não raro, inclusive, vemos alguns apresentadores de televisão, jornais e rádio, comentaristas, políticos e palpiteiros em geral, fazendo piada sobre “o dia do trabalho” ser feriado. E também não raro, vemos esses mesmos fazendo piada sobre “o brasileiro não querer trabalhar nem mesmo no ‘dia do trabalho’.”.

 

De outro lado, vemos o cada vez mais despolitizado e esvaziado movimento sindical brasileiro deixar de lado as tradicionais manifestações dessa data, substituindo-as por festas com patrocinadores privados, ou fazendo precárias, esvaziadas e escassas manifestações, sempre em lugares escondidos, deixando de apontar ao grande público essa data como tendo algum outro significado.

 

Isso nos leva à pergunta título desse texto: é dia do trabalho, ou do trabalhador?

 

O momento histórico que marca a data de 1º de maio ocorre na cidade de Chicago, maior centro industrial dos Estados Unidos, no ano de 1886.

 

Naquele tempo os trabalhadores estadunidenses eram submetidos a um regime de trabalho sem qualquer tipo de garantia, com jornadas de 16 horas diárias. E foi essa a razão que levou milhares de trabalhadores às ruas naquele 1886, em grandes manifestações, organizadas no final de abril realizadas a partir de 1º de maio.

 

A principal reivindicação dos manifestantes era a redução da jornada de trabalho das 16, para 8 horas diárias, o que era visto com grande reprovação pelos empresários e pelo governo, que consideravam um absurdo querer retirar das fábricas metade de sua produtividade, tornando o custo das empresas impraticável.

 

Aquelas manifestações nas ruas de Chicago foram violentamente reprimidas pelo aparato oficial, tendo a polícia assassinado, oficialmente, 12 trabalhadores. Ao final do ciclo de manifestações, somou-se a esse trágico saldo centenas de feridos e, sobretudo, 5 trabalhadores, tidos como líderes daquele movimento, enforcados.

 

Estima-se, no entanto, que além dos 12 executados e 5 enforcados, dezenas de outros trabalhadores tenham sido mortos nos confrontos com a polícia. Mas suas mortes jamais foram reconhecidas oficialmente.

 

Essa série de assassinato de trabalhadores que lutavam pela redução da jornada de trabalho e melhoria de suas condições laborais levou, em 20 de junho de 1889, a Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, a declarar o dia 1º de maio como Dia Internacional de Luta Pela Jornada de 8 Horas, com manifestações sendo convocadas em todo o mundo.

 

Como fruto dessas mobilizações, já em 1890 o Senado estadunidense termina por aprovar a lei de redução da jornada de trabalho, instituindo a jornada de 8 horas diárias. No entanto, a história do 1º de maio ainda continuava pelo mundo.

 

Em 1891, na manifestação convocada pela Segunda Internacional Socialista, no 1º de maio na França, a reação policial é de extrema violência. Resultado da violência do Estado contra a manifestação foi a morte de pelo menos 10 manifestantes, o que acaba por reforçar a data como dia internacional de mobilização dos trabalhadores.

 

Nesse rumo, o 1º de maio como data de luta ganha força em todo o mundo, marcado por numerosas e grandes manifestações de luta por melhoria nas condições de trabalho, melhoria nos salários e redução da jornada de trabalho.

 

Esse histórico de mobilizações levou, apenas em 1919, o Senado francês a retificar a jornada de trabalho de 8 horas. No mesmo ato, o Senado francês institui o 1º de maio desse ano como feriado.

 

Mas foi apenas em 1920, na recém nascida da revolução operária, União Soviética, que o 1º de maio é instituído como feriado nacional todos os anos.

 

Nesse tempo, e também até anos mais tarde, o 1º de maio foi marcado por diversas manifestações e milhares de trabalhadores assassinados em todo o mundo, inclusive no Brasil, a partir da primeira greve geral, em 1917.

 

Hoje, o 1º de maio é reconhecido em quase todos os países do mundo como feriado internacional, em homenagem ao Dia do Trabalhador, homenagem a todos aqueles que lutaram e morreram nas lutas pela redução da jornada de trabalho, melhoria das condições laborais e salários dignos. Tal reconhecimento é feito inclusive pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), em decisão ratificada por quase todos os países do globo.

 

Dois dos poucos países cujos governos não reconhecem o 1º de maio como dia do trabalhador são Estados Unidos e Austrália. O primeiro porque se recusa a reconhecer a arbitrariedade e a violência de seus atos em 1886, bem como a legitimidade daquele movimento. O segundo, porque tem a homenagem ao trabalhador em diferentes datas, variando em diversas regiões do país, por diversas razões locais.

 

Por essa razão, deixar de reconhecer o 1º de maio como Dia do Trabalhador, chamando-o de “Dia do Trabalho”, é como tornar a assassinar, desta vez a alma e a memória, de todos aqueles que lutaram e morreram, para que hoje os trabalhadores pudessem ter um pouco de dignidade e uma jornada de trabalho um pouco menos desumana.

 

1º de maio é Dia do Trabalhador. Que disser o contrário está a cometer um verdadeiro crime contra a humanidade.

Jefferson Andrade é autor do blog Pensamento Crítico 

Fonte: Pensamento Crítico

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MOVIMENTO SINDICAL SUBESTIMA IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO

 

A necessidade do movimento sindical investir na comunicação para ampliar a intervenção dos trabalhadores e trabalhadoras na sociedade, e o envolvimento ativo nos debates das pré-conferências municipais e estaduais que antecedem a I Conferência Nacional de Comunicação, foram as principais preocupações nos debates I Encontro de Comunicação da CTB, realizado nos dias 7 e 8 de maio, em São Paulo.

 

O Encontrou reuniu jornalistas, assessores de imprensa e diretores de comunicação de entidades sindicais da Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal, Pernambuco e Rio de Janeiro, que apresentaram experiência inovadoras, debateram princípios, repensaram práticas de comunicação, discutiram estratégias no uso das novas tecnologias e defenderam propostas alternativas que contribuem com o propósito da Secretaria de Comunicação da CTB de elevar a qualidade e potencializar sua intervenção nos Estados.

 

Durante o evento, João Batista Lemos, secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, afirmou: “É preciso ganhar as lideranças dos sindicatos e da CTB para priorizar a comunicação e destinar ao setor os recursos necessários para desenvolver a luta de idéias contra a mídia capitalista”. A observação, feita por João Batista Lemos, secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB. Os jornalistas Altamiro Borges e Sergio Gomes realizaram palestra no último dia do Encontro.

 

Quarto poder

 

Altamiro Borges analisou a concentração de poder da mídia capitalista, oligopolizada, com os jornalões, revistas semanais e redes de TV concentradas nas mãos de cinco famílias e praticando um jornalismo parcial, superficial, elitista e subordinado aos interesses da classe dominante. “É uma mídia extremamente reacionária e com grande capacidade de interferência na sociedade”, ressaltou.

 

O jornalista lembrou que os meios de comunicação cumprem papel central na circulação de informações, idéias e na formação de valores, mas apesar do caráter público que possuem, estão concentrados nas mãos de poucos, sem a participação democrática da sociedade.

 

"A mídia não se limita à divulgação de informações, mas também contempla a cultura e o entretenimento, formando um grande conglomerado. A mídia já foi chamada de quarto poder, hoje ela é o poder atrelado ao capitalismo. É o poder vinculado ao poder de Estado”, concluiu.

 

I Conferência Nacional de Comunicação

 

Altamiro Borges disse que as direções sindicais precisam valorizar a comunicação, alertando para a importância dos sindicalistas se envolverem nos debates das pré–conferências municipais e estaduais que antecedem a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, convocada para ocorrer os dias 1, 2 e 3 de dezembro de 2009.

 

Para ele, o movimento sindical ainda não percebeu a importância de participar ativamente das etapas regionais e estaduais, embora todos saibam que a grande mídia é um dos principais entraves para os movimentos sociais. “Os empresários já estão se preparando para o embate que vai ocorrer, principalmente em torno da concessão pública para exploração de serviços de rádio e TVs, e a legalização das rádios comunitárias. O jogo na será pesado”, avaliou.

 

"A Conferência Nacional de Comunicação será o espaço que os trabalhadores e os movimentos sociais terão para apresentar e defender suas propostas de diretrizes para democratizar as políticas de comunicação no Brasil”, concluiu Altamiro Borges.

 

Foco no alvo

 

O jornalista Sergio Gomes, jornalista fundador da Oboré, apresentou um relato escrito da sua experiência na formação de uma rede de rádios do movimento sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

 

“Os programas foram concebidos para que a direção da Contag pudesse “costurar” sua relação com os Sindicatos e Federações de Trabalhadores Rurais. A experiência constituiu-se em um exemplo único no Brasil e na América Latina de uma comunicação sindical sistêmica, sonora, vivenciada através de uma rede de parceria e cooperação e de absoluto respeito às realidades regionais e locais”, disse Sergio Gomes.

 

O jornalista afirmou que vivemos em um tempo onde as pessoas sabem o que deve ser feito, sentem o que necessário mudar, mas se sentem impotentes diante do quadro de dificuldades e obstáculos que precisam ser superados. “Para mudar as coisas, é primordial que haja foco, que se escolha o alvo e se persiga com insistência os objetivos que precisam ser alcançados”, concluiu.

 

Fortalecer a Comunicação da CTB 

 

Após os debates estimulados pela intervenção dos jornalistas Altamiro Borges e Sergio Gomes, o secretário de Imprensa e Comunicação, Rogério Nunes, organizou uma rede nacional de colaboradores que estará conectada na para potencializar a comunicação da CTB.

 

“Ao encerrar o I Encontro de Comunicação da CTB fica a certeza de que estamos avançando no debate sobre a comunicação no movimento sindical e que vamos aprimorar a comunicação da CTB. Também fica a convicção de que com a contribuição de todos os profissionais e sindicalistas nos vamos ampliar a luta classista pela democratização dos meios de comunicação no Brasil", concluiu Rogério Nunes.

 

Fonte: Portal da CTB

 

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RUMO AO ENCONTRO DE JOVENS TRABALHADORES DA CTB

Paulo Vinícius*

Nos dias 23 e 24 de maio a CTB (Central de Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil) realizará o seu I Encontro de Jovens Trabalhadores em Atibaia, São Paulo. Sua realização pode lançar luzes sobre um desafio dos mais relevantes: renovar as formas e atrair para o movimento sindical a juventude brasileira.

 

Tal empreitada não é simples. Ressentimo-nos todavia das consequências de quase 20 anos de hegemonia das ideias individualistas, cujo corolário é a negação das respostas coletivas e a consequente esterilização do que é mais característico da condição juvenil: seu papel transformador. E para além da pressão das forças de direita, agregue-se a condição minoritária do sindicalismo classista. Assim, a disposição às respostas parciais, o pragmatismo, a falta de estímulo ao empoderamento dos trabalhadores ante sua própria representação e o esposar de idéias do inimigo de classe (como negar a ação política, as ilusões corporativistas e o carreirismo) foram ossificando o movimento sindical, desmoralizando-o como efetivo instrumento de luta para milhões de jovens que se incorporam ao mercado de trabalho, mas que ocupam um lugar periférico nas direções sindicais.

 

Por outro lado, na juventude, em especial entre os estudantes, a onda conservadora não encontrou cúmplices à altura durante os anos 90. A UNE e a UBES, sob a direção da UJS e das forças de esquerda mantiveram em dificílimas condições a unidade do movimento e avançaram em conquistas. E os sindicalistas classistas, resistindo bravamente, não apenas defenderam suas posições, mas avançaram ao ponto de criar a CTB, mudando o roteiro de um filme que parecia ter final manjado. E esta ousadia tem mostrado seu valor, um verdadeiro terremoto no movimento, haja vista o crescimento admirável da CTB e a liberdade com que categorias-chave se reposicionam no cenário sindical brasileiro. E o auspicioso, a exemplo do movimento bancário, é que as categorias estão repletas de jovens. Esse encontro da juventude e dos dirigentes sindicais é a pedra de toque que pode fazer da CTB a central mais juvenil do Brasil.

 

Atrair essa juventude para a luta dos trabalhadores é fundamental para as batalhas do socialismo no século XXI, impossível sem o protagonismo destes profissionais de perfil novo, educados sob a égide da terceira revolução tecno-científica, usuários e produtores da internet e de uma gama de avanços teconlógicos, que seguem estudando, que estão nas periferias e no campo e também na vanguarda da produção de conhecimentos.

 

Não são apenas especificidades, mas uma tendência inescapável. Ao desenvolvimento exponencial das forças produtivas e às mudanças no perfil da classe deve corresponder a incorporação da nova geração de trabalhadores no seu movimento não apenas para a sua continuidade, mas para darmos conta do desafio civilizacional posto à humanidade, retomar a perspectiva socialista. E a urgência desta tarefa, dramatizada pelo avanço dos sinais de barbárie, é reanimada pela crise do capitalismo, pelo retumbante fracasso de seu pútrido credo, pela sua incapacidade de dar respostas aos desejos de felicidade e bem estar da juventude, porque o capitalismo não apenas penaliza em especial os jovens, mas nega-lhes o futuro.

 

Deste modo, aos jovens superexplorados do presente, ante seus justificados medos acerca do futuro, o sindicalismo classista pode desfraldar a alternativa socialista, recebendo, atraindo e educando a nova geração de lutadores e lutadoras, lançando hoje as sementes da hegemonia de um futuro não tão distante – há pressa, há condições e há que ter audácia.

 

Temos muitas possibilidades, mas a maior de todas está na passagem para o movimento sindical da geração que fez o movimento estudantil e juvenil nos anos 90 e nesta primeira década do século XXI. Eles e elas estão por aí, nas fábricas e nos campos, no ABC e no serviço público, no telemarketing e nos bancos públicos e privados. Pintaram a cara, elegeram Lula, conheceram a UNE, a UBES e a UJS. Resta saber se fomos capazes de indicar-lhes decididamente que a luta não acabou com a chegada à vida adulta, e que o movimento sindical não precisa ser chato nem pelego. E mais: que agora, trabalhando, podemos fazer muito mais barulho! Podemos inclusive parar o funcionamento de engrenagens centrais, fazendo calar fundo nas consciência destes trabalhadores a surpresa de outro trabalhador, tão bem descrita por Vinícius:

 

“Mas ele desconhecia

Esse fato extraordinário:

Que o operário faz a coisa / E a coisa faz o operário.

De forma que, certo dia / À mesa, ao cortar o pão

O operário foi tomado / De uma súbita emoção

Ao constatar assombrado / Que tudo naquela mesa

– Garrafa, prato, facão – / Era ele quem os fazia

Ele, um humilde operário, / Um operário em construção.

Olhou em torno: gamela / Banco, enxerga, caldeirão

Vidro, parede, janela / Casa, cidade, nação!

Tudo, tudo o que existia / Era ele quem o fazia

Ele, um humilde operário / Um operário que sabia

Exercer a profissão.”

(Operário em Construção, Vinícius de Moraes)

 

É hora de reencontrar os amigos. Tendo assumido nosso lugar na construção da vida, na dura labuta cotidiana, confrontados com novas responsabilidades, não desaprendemos as lições mais doces tidas nas salas de aula e nas ruas. Que a indignação e a solidariedade são faces da única forma de ser verdadeiramente humano e de semear o futuro. A tarefa não está terminada, e quem melhor que os jovens trabalhadores para ensinar esta inédita lição? Procuremos os sindicatos, preparemos outra vez as mochilas, atendamos ao chamado da CTB!

 

*Paulo Vinícius é Bancário, Cientista Social e Coordenador da juventude do ramo financeiro da CTB

 

Fonte: Bancários Classistas

 

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

NO AR: BANCÁRIOS CLASSISTAS

Como desdobramento de sua decisão de aprimorar e ampliar a comunicação com os trabalhadores, a Coordenação do Ramo Financeiro da CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - colocou no ar o blog Bancários Classistas.

O blog, que será construído e atualizado por diversos militantes da CTB, pretende ser uma ferramenta para auxiliar os trabalhadores do ramo financeiro em seus debates e lutas.

Acessem: Bancários Classistas

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CTB DISCUTE CAMPANHA SALARIAL DOS BANCÁRIOS

A Coordenação do Setor Financeiro da CTB se reuniu no dia 13 de maio para avaliar os rumos da Campanha Salarial Nacional dos Bancários que terá início em 1º de setembro de 2009.

Participaram da reunião o secretário adjunto de finanças da CTB, Eduardo Navarro, o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanuel Souza, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes, o secretário geral do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Calos Alberto Caco, e os diretores dos Sindicatos dos Bancários de São Paulo, Ceará e Curitiba, Alex Livramento, Gabriel Rochinha e Jefferson Tramontini, respectivamente.

Na reunião também foram debatidos os desdobramentos dos congressos dos trabalhadores do Banco do Brasil e Caixa Econômica, ocorridos entre os dias 23 e 26 de abril, em Brasília, onde a CTB teve destacada intervenção na aprovação das pautas de reivindicações específicas nas duas instituições públicas federais.

Outra resolução aprovada na reunião foi a criação de um blog específico para os bancários classistas trocarem informações.

O blog já está na Internet, no seguinte endereço: www.bancariosclassistas.blogspot.com.

Fonte: www.ctb.org.br

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