sexta-feira, 30 de setembro de 2011

7.672 agências fechadas no terceiro dia da greve dos bancários


A greve nacional dos bancários seguiu crescendo em seu terceiro dia nesta quinta-feira (29), ao paralisar 7.672 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal. O número representa um aumento de 1.424 unidades fechadas a mais do que ontem. Em relação à terça-feira, primeiro dia do movimento, são 3.481 unidades a mais.

O balanço foi feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h30. Único estado ainda fora da mobilização, os bancários de Roraima aprovaram a deflagração de greve a partir da próxima segunda-feira (3).

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Trabalhadores realizam passeata em Fortaleza

Aumenta a adesão dos bancários à greve em todo o Ceará com o fechamento de 299 agências nesta quinta-feira, dia 29/9, das 447 unidades no Estado. O movimento ganhou força neste dia, com a participação de centenas de trabalhadores, que percorreram as ruas do Centro de Fortaleza, após uma concentração na Praça do Ferreira que juntou os bancários, os funcionários dos Correios, em greve há mais de duas semanas, representantes de vários Sindicatos e das Centrais Sindicais. 

“Nós trabalhadores estamos juntos, fortes, na rua, mostrando toda nossa insatisfação com esses patrões que negam trabalho decente ao trabalhador brasileiro”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra. Após a passeata, os bancários decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado em assembléia às 17 horas, realizada na sede do Sindicato. 

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Bancos tiram o corpo fora, mais uma vez

Contando ninguém acredita. A Fenaban teve a cara de pau de dizer que, além de injustificada, a greve dos bancários é precipitada. Pior, foi deflagrada durante as negociações. Os bancos só esqueceram de mencionar as diversas tentativas do Comando Nacional para chegar a um acordo. 

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Polícia Federal multa bancos por falta de segurança

Falhas no sistema de segurança, número insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes e transporte de valor feito por bancários são alguns dos itens que levaram a Polícia Federal (PF), a multar nove bancos em R$ 2,4 milhões, juntos. A determinação ocorreu por descumprimento da lei federal nº 7.102/83, que rege sobre segurança.

O Santander encabeça a lista dos mais punidos, com R$ 729 mil em multas. Em seguida surge o Banco do Brasil, R$ 640 mil. O Bradesco aparece na terceira posição com R$ 385.583,02, seguido pelo Itaú Unibanco (R$ 385.040,33), Caixa (R$ 190.490,93) e HSBC (R$ 19.510,27). 

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Sindicato APEOC repudia violência contra professores


A direção do Sindicato APEOC repudia violência, agressões físicas e prisões de professores da rede estadual de ensino, ocorridas na manhã de hoje, 29/09, na área de acesso às dependências da Assembleia Legislativa do Ceará (Casa do Povo), onde trabalhadores em Educação protestavam contra a aprovação, em Regime de Urgência, do Projeto de Lei do Governo do Estado, que trata, exclusivamente, da implantação do piso nacional de salário para os professores de nível médio – Grupo Ocupacional do Magistério da Educação.

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Expresso: Bancários em greve contra o arrocho


Os maiores bancos tiveram lucro líquido de R$27 bilhões apenas no 1° semestre desse ano. Os bancários reivindicam 12,8%, no entanto, os gananciosos banqueiros (inclusive os do governo) "oferecem" míseros 8% o que leva o piso da categoria a apenas R$1.231,00. A pauta de reivindicações dos trabalhadores bancários inclui, além do reajuste salarial, uma série de questões que beneficiam não apenas funcionários, mas os também os clientes e a sociedade, que precisa que os bancos voltem-se para o desenvolvimento e não apenas para encherem os bolsos, já bem recheados, de seus acionistas.

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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Um balanço positivo no sindicalismo e novos desafios

Entrevista de João Batista Lemos ao Vermelho.

Indicado para comandar a Secretaria Sindical Nacional do PCdoB em 1992, João Batista Lemos, assume a partir desta segunda-feira (19) novas tarefas na vida da construção partidária dos comunistas brasileiros. A recente reunião do Comitê Central do Partido, realizada nos dias 17 e 18 de setembro, oficializou a indicação de Batista para atuar no núcleo de direção do PCdoB no estado do Rio de Janeiro. O CC também definiu Nivaldo Santana, como novo responsável pela Secretaria Sindical. 

Nos 19 anos em que esteve à frente da organização sindical do Partido, Batista liderou a construção da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e do Encontro Sindical Nossa América (Esna). Recentemente, foi eleito para uma das vice-presidências da FSM ( Federação Sindical Mundial). O dirigente também atuou no processo de reestruturação sindical do PCdoB desde 1974, ainda na ilegalidade, e nos anos após a conquista da legalidade, em 1985. Entre os erros e acertos dessa época ele enfatiza que “é preciso saber por onde está passando a luta dos trabalhadores para não ficar à margem dela”. 

Entre as principais transformações e vitórias do movimento no continente americano nas últimas décadas, ele destaca o crescimento do sindicalismo classista e a chegada ao poder de importantes lideranças oriundas dos movimentos sociais e comprometidas com os interesses do povo – Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil; Hugo Chávez, na Venezuela e Evo Morales, na Bolívia. “Todas as mudanças e transformações sociais de fundo vêm das massas – mesmo nos processo eleitorais”. 

Leia abaixo a entrevista que ele concedeu ao Vermelho:

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Trabalhadores dos Correios mantêm greve

Depois de assembleias realizadas em todo o país, os trabalhadores dos Correios decidiram permanecer em greve. A paralisação começou na quarta-feira (14), após assembleias realizadas na terça-feira à noite. Apenas uma reunião ainda está para acontecer em Brasília, mas, de acordo com membro do Comando Nacional de Negociação Cláudio Roberto ela também vai decidir por manter a paralisação. Os 35 sindicatos existentes da categoria participam da greve.

Cláudio afirma que a greve continua até que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) apresente uma nova proposta.

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sábado, 17 de setembro de 2011

Projetos tentam flexibilizar direitos dos trabalhadores

Antônio Augusto de Queiroz*

Sob a lógica de redução dos encargos trabalhistas, parlamentares vinculados ao setor empresarial estão investindo sobre direitos dos trabalhadores. São exemplos disto, entre outros, os projetos de lei (PL) 948/2011 e 951/2011, apresentados respectivamente pelos deputados Laércio Oliveira (PR-SE) e Júlio Delgado (PSB-MG).

O primeiro, PL 948, sob relatoria do deputado Sandro Mabel (PR-GO) na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, tem por finalidade impedir que o empregado demitido possa reclamar na Justiça do Trabalho qualquer direito trabalhista que não tenha sido expressamente ressalvado no momento da rescisão contratual.

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

10 mentiras de Veja sobre o voto distrital

Geraldo Galindo*

A edição da revista Veja do dia 7 de setembro traz uma reportagem cujo título é “Como aumentar o peso do seu voto”, onde traz os dez supostos motivos para apoiar a tal idéia. Para as pessoas progressistas, de visão política arejada e saudável, que defendem a liberdade e a participação popular na política, uma simples proposta defendida pelo Grupo Abril já traz a leitura de não ser uma iniciativa positiva, mas de retrocesso, de cerceamento da democracia. 

Antes de comentar passo a passo o que passarei a chamar de 10 mentiras (e meias verdades) é bastante revelador o preâmbulo da matéria e algumas opiniões constantes das sete páginas do referido texto. Estabelecendo “cálculos” sem nenhuma comprovação, eles partem do pressuposto de que, se o voto distrital estivesse implantado no Brasil, o PT teria no mínimo 15 deputados a menos. Vejam aí, amigos e amigas, que já fica logo claro qual o interesse do grupo – reduzir a representação do partido que, ao lado de outros, vem conduzindo mudanças extraordinárias no país, mudanças essas que precisam ser aprofundadas, em prol dos trabalhadores, do povo e da soberania do Brasil.

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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Dilma é Dilma, Lula é Lula

*Maria Inês Nassif

O talento de Luiz Inácio Lula da Silva para lidar com as multidões; sua expertise em diálogo, adquirida nas mesas de negociação com os patrões como sindicalista; a ascendência sobre o PT, por ter sido, desde a criação do partido, a ligação entre os quadros de esquerda e as massas; e até um tendência ao pragmatismo acabaram concentrando todos os elementos de governabilidade em suas mãos, nos seus dois mandatos (2002-2010). 

O carisma e o talento político, e algumas apostas bem sucedidas - que permitiram a inclusão de grandes contingentes pobres à sociedade de consumo - se sobrepuseram a condições extremamente desfavoráveis do seu mandato. Lula lidava com uma elite política rachada ao meio: na base de apoio, tinha que lidar com a política de clientela de partidos tradicionais, à direita ou ao centro; na oposição, com um udenismo que tinha grande potencial de instabilização do regime. Sem fazer o governo dos sonhos da esquerda de seu partido ou dos movimentos sociais, a guinada à direita do PSDB e o "lulismo" das bases acabaram limitando a ação dos grupos mais radicais. Seu vínculo com a CUT também neutralizou o movimento sindical.

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dize-me com quem andas e direi o que queres

O movimento pelo voto distrital vai ganhando, a cada dia, ações de propaganda que revelam, para quem quiser ver, a sua origem e intenção políticas.

Depois de José Serra, a Veja. E, agora, Merval Pereira, em O Globo. Que trinca!

Toda a respeitavel discussão sobre a conveniência deste sistema eleitoral desparece ante a insinceridade dos objetivos.

Seus organizadores são apresentados com um distanciamento das paixões partidárias que quase faz supor terem chegado ontem de Marte. São “a sociedade”, embora sejam apenas uma parte dela.

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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Para Obama, campanha palestina é distração

Uma “distração” que não resolveria o problema. Foi assim que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se referiu à campanha pelo reconhecimento do Estado Palestino na ONU (Organização das Nações Unidas). Em entrevista a jornalistas latinos na Casa Branca, o presidente norteamericano confirmou que seu país se “oporia fortemente” à pretensão palestina.

“Essa questão só será resolvida se israelenses e palestinos chegarem a um acordo”, disse Obama. “O que acontece em Nova York pode chamar muita atenção da imprensa, mas não vai mudar o que está acontecendo lá”. As informações são da agência France Press.

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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Imprensa golpista sabe que quer ou não?


Orozimbo Souza Júnior*

A sempre chamada de grande mídia brasileira – hoje nem tão grande assim – cada dia honra a sua definição mais apropriada: PiG (Partido da Imprensa Golpista). É impressionante como alguns veículos de comunicação brasileiros mudam de opinião da noite para o dia quando o assunto e detratar o governo federal. As recentes medidas da presidenta Dilma Rousseff para minorar os efeitos da crise mundial refletem isso.

Os midiáticos especialistas em economia, na Globo capitaneados por Míriam Leitão, desde que o mundo é mundo e que Lula chegou ao poder sempre disseram que reduzir a taxa básica de juros seria a solução para tudo no Brasil. A cada reunião do Copom (Conselho de Política Monetária) em que era definida a manutenção do percentual de juros, ou mesmo seu aumento, o front de experts em finanças esbravejava com manchetes garrafais, sempre apoiadas pelo empresariado.

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domingo, 11 de setembro de 2011

Companheiro Allende? Presente! Agora e sempre!

Celso Lungaretti*

Há duas efemérides marcantes neste domingo, 11 de setembro.

A menos relevante para nós é aquela que a mídia colonizada trombeteia ad nauseam: o décimo aniversário de um atentado nebuloso nos EUA, com grande possibilidade de ter sido urdido ou, ao menos, consentido pelos que depois surfaram na onda da indignação provocada. Algo como uma versão atualizada do incêndio do Reichstag.

O certo é que deu pretexto para o desencadeamento de uma escalada repressiva/intervencionista que fez lembrar a intolerante e paranóica década de 1950 -- aqueles anos terríveis do macartismo e da guerra fria.

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Setembro se chama Allende

*Mario Amorós

O Chile vive três datas especiais e dois dramas profundamente entrelaçados. Este mês comemora-se o 40° aniversário da histórica vitória de Salvador Allende e da Unidade Popular nas eleições presidenciais. Naquele 4 de setembro de 1970, o povo chileno abriu as portas da história e empreendeu um profundo processo de transformações econômicas, sociais, culturais e políticas. A “via chilena para o socialismo” só foi derrotada pelo golpe de Estado de 11 de setembro de 1973 - que este ano completa 37 anos – protagonizado pelas Forças Armadas, mas estimulado pela direita, pela Democracia Cristã, pela burguesia e por Washington. 

Essas datas são provavelmente as jornadas mais relevantes dos dois séculos de história republicana, junto com o 18 de setembro de 1810, quando se estabeleceu a primeira Junta Nacional de Governo, que abriu o caminho para o processo de independência finalizado em 1818 e que, depois de uma década convulsionada, culminou entre 1829 e 1833 com a imposição de um férreo estado oligárquico que se manteve até a vitória da Frente Popular, em 1938, da qual Salvador Allende foi um destacado dirigente. 

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Anotações sobre um domingo e a memória de dois setembros

Eric Nepomuceno*

1. Dez anos depois de 2001, o dia onze de setembro cai num domingo. Naquele ano, caiu numa terça-feira. 

De lá para cá o mundo nunca mais foi o mesmo, e com as ações desatadas por um fundamentalista iracundo chamado George W. Bush, tendo como justificativa as ações de outro fundamentalista de igual calibre chamado Osama Bin Laden, tudo mudou – para pior. Os Estados Unidos, o país mais bélico da história da humanidade, o país que necessita permanentemente viver em pânico, sentir-se ameaçado, e que quando não há ameaça logo inventa alguma, pois esse país se deu uma vez mais o luxo de invadir e avassalar ao seu bel prazer outros países, outros povos, destroçar outras culturas. Esparramar a paranóia do terror mundo afora, encarar alegremente a tortura, a sevícia e a humilhação como instrumentos lícitos para obter confissões. 

2. Trinta e oito anos depois de 1973, o dia onze de setembro cai num domingo. Naquele ano, caiu numa terça-feira. Trágica coincidência. 

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Expresso: Procura-se os corruptores


A imprensa conservadora tem pautado, em certa medida, no último período, ao governo com a bandeira "moralista" do combate à corrupção. Como se os grandes interesses corporativos estivessem mesmo preocupados com o bom uso da coisa pública. Querem é congelar o governo eleito pelo povo para promover melhorias para o povo. Infelizmente, boa parte desse governo caiu na esparrela da política falsa "moralista", bem ao gosto da velha UDN.

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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Os sofismas do jornalismo brasileiro contra o financiamento público de campanha

Idelber Avelar*

Aqui e acolá, o jornalismo brasileiro anda sofismando com o tema do financiamento público de campanhas eleitorais. Os recursos retóricos são os conhecidos: inconsistências lógicas, non sequiturs, falsos silogismos, analogias enganosas, enfim, a matéria de todos os dias da imprensa brasileira. Em boa parte dos casos, a coisa se resume a uma ou outra versão de um conhecido sofisma: o jornalista reconhece que o conluio entre o dinheiro privado e o Estado é a fonte da corrupção, mas retruca que o financiamento público não acabará com ela. Em termos formais, é como descartar a Lei Maria da Penha dizendo que ela não acaba com a violência contra as mulheres. Ora, não façamos nada, então? Eliminemos, pois, o artigo 121 do Código Penal, já que homicídios continuam acontecendo por aí. E voltemos ao mundo de Hobbes.

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domingo, 4 de setembro de 2011

A queda dos juros


Paulo Nogueira Batista Jr*

Escrevo de Paris, leitor, onde estou para reuniões do G-20 e do FMI. Essas reuniões costumam ser longas e penosas. A primeira durou dez horas! Já havia resolvido não escrever a coluna para este sábado.

Eis que fui surpreendido pela decisão do Banco Central de reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juro. Bela surpresa. Ora, o economista que vos escreve passou anos e anos reclamando da política de juros do Banco Central. Nada mais justo, nada mais apropriado do que fazer um esforço especial para escrever hoje – mesmo depois de uma reunião de dez horas.

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Sobre os acontecimentos de 19 de Agosto de 1991 na URSS

1.Os acontecimentos de 19 de Agosto de 1991 na URSS que os apologistas do capitalismo estão a assinalar com uma clássica operação de diversão ideológica constituíram uma tentativa desesperada e fracassada de altos dirigentes do Partido e do Estado soviéticos para impedir a desagregação da URSS, num episódio mais da aguda luta que então se travava na União Soviética pelos destinos deste poderoso país multinacional e do seu sistema socialista. Tratou-se de um acontecimento que serviu então de pretexto para uma violentíssima campanha internacional anti-comunista, campanha que além de visar o enfraquecimento, divisão e degenerescência dos partidos comunistas, pretendia sobretudo justificar a brutal ingerência do imperialismo nos assuntos internos do Estado Soviético e dar cobertura política e ideológica às forças contra-revolucionárias que, rasgando a Constituição soviética, preparavam já o assalto ao poder. Assalto que veio a consumar-se pouco tempo depois com a dissolução e proibição do PCUS e, ulteriormente com todo um conjunto de actos violentos e criminosos, de que o bombardeamento do Soviete Supremo da Federação Russa é exemplo particularmente significativo.

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sábado, 3 de setembro de 2011

Entre a cordialidade e o servilismo!

Paulo Kliass*

Tá certo, eu sei que existe muita polêmica acerca das possíveis interpretações sobre a proposição de Sérgio Buarque de Holanda quanto à natureza cordial do jeito brasileiro de ser. Mas o fato é que há elementos de ordem sociológica e cultural que parecem comprovar esse nosso lado de sempre querer agradar, de ser o bonzinho. Nelson Rodrigues falava do complexo de vira-lata e muitas vezes nos deixamos flagrar por uma conduta que se encaixa bem nessa expressão.

Por outro lado, é amplamente conhecido o fato de que nossas elites guardaram, desde sempre, uma postura servilista face aos interesses e as pressões das elites dos países do chamado “centro do mundo”. E essa forma de encarar a nossa posição nas relações internacionais continua muito presente até os tempos recentes. Uma citação em qualquer revista ou jornal dos Estados Unidos ou da Europa é considerada como muito mais importante do que qualquer outro meio de comunicação daqui de dentro. E as observações ali contidas devem ser levadas “a sério”! Muitas vezes confunde-se o necessário ”aprender com a experiência internacional” com simples e vulgar “copiar os caminhos e os modelos” adotados pelos países que maior influência exercem sobre nossas classes dominantes.

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Queda de juros ainda é insuficiente

A CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil entende que a redução da taxa de juros para 12%, conforme anunciado nesta quarta-feira (31) pelo Banco Central, é ainda insuficiente para que o país enfrente a crise financeira internacional que pode chegar ao país.

Confira abaixo a íntegra da nota:

A CTB considera que a queda da taxa de juros em 0,5% – para 12,00% ao ano – significa ainda um gesto insuficiente do governo para conter a crise financeira que pode atingir o país em um curto prazo. Após cinco aumentos consecutivos ao longo de 2011, o Banco Central reafirma sua pouca sensibilidade aos anseios da classe trabalhadora, mantendo os juros brasileiros como os mais altos do mundo.

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