quarta-feira, 7 de outubro de 2009

GREVE DOS BANCÁRIOS: FENABAN APRESENTA PROPOSTA


Em reunião encerrada agora há pouco, em São Paulo, a Fenaban apresentou ao Comando Nacional dos Bancários, proposta para renovação da Convenção Coletiva Nacional.

Após 14 dias de greve, os bancários obrigaram os banqueiros a, finalmente, negociar e apresentar proposta que contemple mais do apenas a reposição da inflação.

Veja a proposta que será avaliada pelas assembléias de todo o país nesta quinta-feira, dia 8 de outubro:


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sábado, 3 de outubro de 2009

PLR: O BODE NA SALA DOS BANCÁRIOS

J. Tramontini*

Desde os anos 1990, os bancários convivem com a Participação nos Lucros das empresas em que trabalham. Todo mês de setembro, com a corda no pescoço, pelas dívidas acumuladas ao longo do ano, na tentativa de manter um padrão de vida que o parco salário não pode sustentar, os bancários contam com a PLR para quitar seus débitos.
 

No entanto, assim como o governo FHC “substituía” o reajuste salarial por abonos nos bancos federais, a PLR cumpre o nocivo papel de “completar” o mirrado salário. Cada real aumentado na dita participação, sobre a qual não incide INSS ou FGTS, mas sim Imposto de Renda, significa, de fato, a diminuição do índice de reajuste. Com isso, vai-se achatando, cada vez mais, os salários dos trabalhadores bancários.

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

A CAIXA, OS CÃES DE GUARDA E OS TBs



Elvira Madeira*


Já faz um tempo que as posturas adotadas pela direção da Caixa Econômica Federal não são mais surpresa, nem para os antigos empregados, que viveram os duros anos de FHC e os fins da ditadura, nem para novos bancários recém-chegados na peleja do dia a dia, mais confesso que de uns tempos pra cá até os mais experimentados, até os mais repletos da credibilidade cega pela empresa têm se surpreendido com as últimas de nossos colegas diretores.
 
Desde a campanha salarial passada, esperamos ansiosos um plano de funções que resolva, ou amenize, nossos problemas cotidianos, problemas diários de quem sustenta, com salário rebaixado, família, estudos e afins. E de quem se pendura no cheque especial e no cartão de crédito, esperando o dia da santa PLR pra livrar o sufoco do ano corrente, para poder brindar o ano novo e se preparar para um novo sufoco. Problemas do cotidiano de quem se indigna com CTVAs, com jornadas de oito horas, com uma vida sacrificada e com pouco reconhecimento para muita responsabilidade. Mas estes problemas, todos do cotidiano, continuam engavetados, enquanto esperamos um plano de funções que resolva nosso dia a dia e que não seja como mais uma dádiva PLReana a nos sanar o problema dos meses seguintes.
Enquanto esperamos, ansiosos, uma negociação que nunca vem, assistimos de camarote as mudanças nos normativos RH060 e RH040, que tratam das estruturas de acesso aos cargos comissionados e o formato dos famigerados PSIs. Agora, somos chamados a participar de provas constantes, com conteúdos muito maiores do que de muitos concursos com salários de R$6mil. São provas, seleções, cursos e afins, para que se ganhe, caso aprovado em tudo isso, o incrível direito de participar de um processo de seleção interna onde serão avaliados sua graduação (Ops! O concurso da Caixa não era de nível médio?), a sua pós-graduação (Ops! E o TB? Como paga uma pós?), seus milhões de cursos da Universidade Caixa (em que tempo mesmo pode-se fazer?) e o seu tempo de função (Função? Que função?). Isso mesmo, o seu tempo de função conta como pontuação para o ingresso em um processo de seleção de uma função inicial da Caixa.
 

E nas unidades da Caixa os empregados cochicham que o BANCOP para Analista Junior, um dos cargos iniciais da carreira, mais parece prova para ser astronauta. (mas o que é isso companheiros? Só caía administração, português, raciocínio lógico, estatística aplicada, informática, linguagem de programação, direito administrativo, o código de ética da Caixa e mais 35 normativos integralmente listados em uma relação. E a Caixa ainda deu vinte dias para estudar.), e mesmo assim para aqueles poucos que passaram, ganharam o incrível direito de concorrer em um processo de seleção, sem nenhum beneficio por isso.


Mas o mais engraçado vem agora. Para esses mesmos empregados, em sua maioria TBs, julgados incapazes de serem aprovados em uma “simples” prova e seus “justos processos seletivos”, para esses incapazes empregados “despreparados”, a Caixa coloca agora uma média de 50 a 100 seguranças contratados, em cada Edifício-Sede, para intimidar e impedir, em uma atitude ditatorial e truculenta, o piquete desgostoso dos revoltosos com essa simplória situação. Dentre tantas outras que não me cabe enumerar. Se somos tão incapazes, por que tantos cães de guarda, por vezes armados? Qual o temor que sente a direção da Caixa de seus TBs, julgados por eles mesmos, despreparados, incapazes?
 

A resposta, só o movimento, a luta e a união nos dirão. Enquanto isso, nos piquetes, uma leva de empregados segue cantando:


 ”Vem pra caixa você também... Vem!"


Elvira Madeira é Secretária de Ação Sindical do Sindicato dos Bancários do Ceará

Fonte: Bancários Classistas 
 

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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A GREVE DOS BANCÁRIOS E A TRUCULÊNCIA DE QUEM SE TORNOU PATRÃO



J. Tramontini*

Mais um ano, mais uma campanha salarial, mais uma greve. Essa tem sido a rotina dos bancários, que têm data base em setembro.

Mesmo com toda a lucratividade das instituições financeiras, os banqueiros, inclusive o governo federal, insistem em reduzir direitos e arrochar o salário dos bancários. Em 2009, em que pese a rebaixada pauta de reivindicações, os bancos mantiveram sua costumeira intransigência.

No entanto, há algumas novidades. As assembleias que deflagraram a greve, realizadas na quarta-feira, 23 de setembro, contaram com uma presença muito maior de trabalhadores, o que é um sinal novo bastante positivo.

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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

MAIS UM CAPÍTULO DA NOVELA DA ISONOMIA


*J. Tramontini



Continua a novela da isonomia entre novos e antigos bancários dos bancos federais.



No último dia 14, o novo relator (o terceiro), Eudes Xavier (PT/CE), do Projeto de Lei 6259/2005, que assegura a isonomia entre novos e antigos bancários dos bancos federais, apresentou seu parecer (também o terceiro) à Comissão do Trabalho (CTASP) da Câmara dos Deputados.



Mais uma vez (a terceira) o PL6259/2005, de autoria dos deputados Daniel Almeida (PCdoB/BA) e Inácio Arruda (PCdoB/CE – hoje senador), tem parecer favorável, no entanto, não se sabe quando ele será votado na comissão.

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

CONFERÊNCIA MARCA RENOVAÇÃO DO PCDOB DE CURITIBA


O PCdoB de Curitiba realizou no último sábado, 12 de setembro, sua Conferência, etapa municipal do 12º Congresso do Partido. O evento, realizado no Clube Terra Pampeana, no Bairro Pinheirinho foi marcado pela grande renovação da militância partidária, com a filiação de grande contingente de trabalhadores da região sul da cidade.

Além de debater o temário do 12º Congresso do Partido, a Conferência elegeu o Comitê Municipal para o biênio 2009 – 2011, e escolheu os militantes que representarão Curitiba como delegados à Conferência Estadual do PCdoB no começo de outubro. O histórico militante José Ferreira Lopes, mais conhecido como Dr. Zequinha, conduziu todo o processo de construção e dos debates da conferência. Ele deverá ser anunciado como presidente do Comitê Municipal na sua primeira reunião.

Estiveram presentes saudando a Conferência Municipal do PCdoB, o vice-governador do Estado, Orlando Pessuti (PMDB); a vereadora do PT, Professora Josete representando a direção de seu partido;  o Vereador do PDT, Jorge Bernardi; o dirigente do recém fundado PPL (Partido da Pátria Livre) Mario Bacellar; o presidente estadual da CTB, José Agnaldo Pereira; o presidente estadual da UJS, Arilton Freres; o presidente estadual do PCdoB,Milton Alves entre outras lideranças partidárias.

Representando a direção nacional do Partido, esteve presente do Secretário Sindical, João Batista Lemos.

A Conferência foi aberta pelo Presidente Municipal do Partido, Ricardo Gomyde, que afirmou estar feliz pela grandeza do evento e pelo amplo debate realizado pela militância. Fez um breve relato da atuação do Partido nesses dois anos, enfatizando o lançamento de candidatura própria para prefeitura, com seu nome e de Mario Ferrari na vice, além da chapa própria de vereadores. “Essa ousadia representou um acúmulo de força para o Partido, que hoje é mais conhecido e respeitado na cidade”, completou.


Após a abertura, os trabalhos foram conduzidos pelo Dr. Zequinha. João Batista Lemos e Milton Alves dividiram o debate sobre o projeto socialista e a conjuntura. Dezenas de militantes se inscreveram, apresentaram propostas e opinaram sobre o temário do Congresso. Ao final, os militantes presentes fizeram uma confraternização no local.

Para Milton Alves, presidente estadual do PCdoB, essa conferência de Curitiba foi um marco, pois integra de vez os operários na direção Partidária. “Esse é um fator essencial para o crescimento e fortalecimento do Partido aqui na Capital”, completou.



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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O NOSSO 11 DE SETEMBRO. ALLENDE, PRESENTE!


Discurso de despedida de Salvador Allende, gravado no Palácio La Moneda, em Santiago do Chile, e transmitido pela Rádio Magallanes na manhã de 11 de setembro de 1973.

...Continuem vocês sabendo, que muito mais cedo do que tarde, novamente abrir-se-ão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor.

Viva o Chile! Viva o povo! Vivam os trabalhadores!


Compatriotas!

Seguramente esta é a última oportunidade em que possa me dirigir a vocês. A Força Aérea bombardeou as torres da Rádio Portales e da Rádio Corporação.

Minhas palavras não têm amargura, mas decepção, e serão elas o castigo moral para os que atraiçoaram o juramento que fizeram os soldados do Chile, comandantes em chefe titulares, o almirante Merino que se autodesignou, também o senhor Mendoza, general rasteiro... que somente ontem manifestara sua fidelidade e lealdade ao governo, também se nomeou diretor geral dos Carabineiros.

Diante destes fatos, somente me cabe disser aos trabalhadores: Eu não vou renunciar! Colocado num trânsito histórico, pagarei com minha vida a lealdade do povo. E lhes digo que tenho a certeza de que a semente que entregamos à consciência digna de milhares e milhares de chilenos, não poderá ser segada definitivamente.

Eles têm a força, poderão nos avassalar, mas não se deterão os processos sociais nem com o crime... nem com a força. A história é nossa e a fazem os povos. Trabalhadores da minha pátria: Quero lhes agradecer a lealdade que sempre tiveram, a confiança que depositaram num homem que somente foi interprete de grandes anseios de justiça, que empenhou sua palavra para respeitar a Constituição e a lei e assim o fez.

Neste momento definitivo, o último em que eu possa me dirigir a vocês, quero que aproveitem a lição. O capital estrangeiro, o imperialismo, unido à reação, criaram o clima para que as Forças Armadas rompessem sua tradição, a que lhes ensinou Schneider e que o comandante Araya reafirmou, vitimas do mesmo setor social que hoje estará nas suas casas, esperando com mão alheia reconquistar o poder para continuar defendendo seus benefícios e privilégios.

Dirijo-me sobre tudo, à modesta mulher da nossa terra, à camponesa que acreditou em nós; à operária que trabalhou mais, à mãe que soube da nossa preocupação pelas crianças.

Dirijo-me aos profissionais da pátria, aos profissionais patriotas, aos que há alguns dias estiveram trabalhando contra a sedição auspiciada pelos Colégios profissionais, colégios de classe para defender também as vantagens que uma sociedade capitalista dá a uns poucos.

Dirijo-me à juventude, àqueles que cantaram, entregaram sua alegria e o seu espírito de luta.

Dirijo-me ao homem do Chile, ao operário, ao camponês, ao intelectual, àqueles que serão perseguidos... porque em nosso país o fascismo já esteve, há muitas horas, presente nos atentados terroristas, estourando pontes, cortando estradas de ferro, destruindo os oleodutos e gasodutos, diante do silêncio dos que tinham a obrigação de proceder: estavam comprometidos.

A história os julgará. Certamente a Rádio Magallanes será silenciada e o metal tranquilo da minha voz não chegará até vocês. Não importa, continuarão ouvindo. Sempre estarei junto de vocês. Pelos menos, minha memória será a de um homem digno que foi leal à lealdade dos trabalhadores.

O povo deve se defender, mas não se sacrificar. O povo não deve se deixar arrasar nem crivar, mas tampouco pode se humilhar. Trabalhadores da minha pátria: Tenho fé no Chile e seu destino. Superarão outros homens este momento gris e amargo, onde a traição pretende se impor.

Continuem vocês sabendo, que muito mais cedo do que tarde, novamente abrir-se-ão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor. 

Viva o Chile! Viva o povo! Vivam os trabalhadores!

Estas são as minhas últimas palavras e tenho certeza de que o meu sacrifício não será em vão. Tenho a certeza de que, pelo menos, haverá uma lição moral que castigará a felonía, a covardia e a traição.

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FENABAN NÃO APRESENTA PROPOSTA MAIS UMA VEZ

Após seis horas de discussões durante a quarta rodada de negociações, ocorrida nesta quarta-feira, dia 9, em São Paulo, a Fenaban mais uma vez não apresentou proposta para o Comando Nacional dos Bancários sobre as reivindicações de saúde e condições de trabalho, segurança bancária e igualdade de oportunidades, dentre outras. Os bancos repetiram a postura adotada nas duas rodadas anteriores em relação às demandas sobre emprego e remuneração. Eles marcaram nova reunião para a próxima quinta-feira, dia 17, e disseram que nessa data pretendem fazer uma proposta global para a categoria.
Veja os temas discutidos nesta quarta:
Saúde
1. Metas - os bancários cobraram o fim das metas abusivas. A Fenaban negou, limitando-se a discutir as distorções na forma de cobrança, mas não fez proposta para mudar essa realidade que gera adoecimento na categoria.
2. Assédio moral - os trabalhadores reafirmaram a necessidade de combater o assédio moral e a violência organizacional. A Fenaban insistiu em defender os assediadores, ao exigir o sigilo de seus nomes para uma "política de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho", o que é inaceitável.
3. Reabilitação profissional - os bancários cobraram a implantação de um programa que garanta aos afastados, quando do retorno ao trabalho, condições que respeitem suas limitações funcionais, normalmente fruto do adoecimento em razão das péssimas condições de trabalho. A Fenaban afirmou que concorda com tal programa, desde que possa incluir também trabalhadores que ainda se encontram afastados, o que não se admite, pois isso forçaria a volta precoce de funcionários ainda em processo de recuperação da capacidade laboral.
4. Isonomia aos afastados por motivos de saúde - os bancários reivindicaram a manutenção por prazo indeterminado de todas as verbas salariais, além de outros direitos, tais como auxílio-alimentação, ticket, vale-transporte e PLR. A Fenaban disse que não é possível estender os direitos já previstos na convenção coletiva aos afastados.
5. Licença maternidade de 180 dias - o Comando defendeu a ampliação desse direito para todas as bancárias em todos os bancos. A Fenaban salientou que a proteção da maternidade é obrigação do Estado, mas ficou de estudar a questão.
Segurança Bancária
1. Comissão de Segurança Bancária - os bancários cobraram a retomada das reuniões que não ocorrem há vários anos. A Fenaban sinalizou com a volta dos trabalhos na segunda quinzena de novembro, com a participação de representantes das áreas de segurança dos bancos.
2. Transporte de valores - o Comando reivindicou a proibição aos bancários do transporte de valores, malotes e chaves do cofre e da agência, o que tem ocorrido em várias regiões do país, com assaltos e sequestros. A Fenaban negou, dizendo que, se isso for proibido, algumas agências teriam de ser fechadas.
3. Adicional de risco de vida - os bancários cobraram o pagamento de adicional de 40% do salário para quem trabalha em agências e postos, a exemplo de vários acordos coletivos de vigilantes, cujo risco é o mesmo. A Fenaban disse que isso não faz sentido, pois atingiria 70% dos trabalhadores, revelando que a preocupação não é a vida e sim o custo dos bancos.
Igualdade de Oportunidades
1. Mapa da diversidade - os bancários defenderam a inclusão de uma cláusula na convenção coletiva que garanta medidas de democratização do acesso e de políticas que eliminem todos os tipos de preconceito e discriminação nos locais de trabalho. A Fenaban alegou que não tem governança sobre o programa de valorização da diversidade, mas ficou de estudar uma forma de registrar as diretrizes na convenção.
2. Pessoas com deficiência - os bancários cobraram uma cláusula na convenção coletiva que garanta inclusão e capacitação para pessoas com deficiência nos bancos. A Fenaban negou, dizendo que já possui um programa que necessita de constantes ajustes.
3. Homoafetivos - o Comando defendeu igualdade de direitos para os casais homoafetivos. A Fenaban respondeu afirmando que há restrições legais para garantir igualdade de tratamento, mas irá verificar as travas.
Previdência Complementar
O Comando reivindicou planos de previdência complementar para todos os bancários. Muitos trabalhadores ainda não possuem esse direito que garante uma aposentadoria digna.
A Fenaban, no entanto, negou a reivindicação dos bancários, alegando que cada banco possui esse produto à venda e que, assim, não é possível colocar esse tema na convenção coletiva.
Fonte: Portal CTB

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ATENÇÃO: VEM AÍ O FATOR PREVIDENCIÁRIO 2

Mais uma armadilha encontra-se na pauta dos trabalhadores, originada no governo que foi eleito por esses mesmos trabalhadores.
Dessa vez é a manutenção, com outro nome, do famigerado fator previdenciário, instituído no governo tucano, que reduz, substancialmente, o valor das aposentadorias.
Há anos, o movimento sindical vem, unificadamente, lutando pela extinção desse roubo à renda dos trabalhadores. Agora que no senado foi aprovado projeto do senador Paulo Paim (PT/RS) que extingue o fator, o governo originado nas lutas sindicais inventa outra forma de tirar dinheiro de quem se aposenta.
O ministério da previdência apresenta um critério que, para se aposentar, o trabalhador precisa somar seu tempo de serviço e idade igual a 95, e 85 para as trabalhadoras. Obviamente, é a mesma lógica do atual fator previdenciário.
Utilizam o argumento falso do déficit da previdência para roubar dinheiro dos trabalhadores, mas não tocam nas dívidas monstruosas que grandes empresas e bancos têm com a União, nem taxam as grandes fortunas.
Para piorar, uma parcela do sindicalismo (CUT, FS, UGT e CGTB), optou por ser governo, deixando os trabalhadores à própria sorte.
A disputa política sobre esse tema promete ser grande e todos os que possuem compromisso real com a classe dos trabalhadores devem se posicionar pela imediata aprovação do projeto do senador Paim, restaurando o direito dos trabalhadores à aposentadoria digna.

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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

BANCÁRIOS QUEREM DEMOCRACIA

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) sempre pautou sua atuação pela construção da unidade de todos os segmentos da classe trabalhadora. Unidade que não pressupõe cabrestos nem adesões, mas o respeito às diferentes opiniões, visando um objetivo comum.

Da mesma forma, os militantes da CTB se mantém firmes na defesa do que acreditam ser os melhores caminhos para as categorias onde atuam. Assim também é a ação dos organismos da CTB entre os bancários de todo o país.

Com essa visão, a CTB construiu um acordo político no Sindicato dos Bancários de Curitiba com a CUT para a eleição sindical de 2008. O acordo tratava da construção da unidade, sem adesões. Assim, com o voto da categoria e decisão de assembléia, ficou liberado o companheiro Jefferson Tramontini, pós-98 (TB) da Caixa, para o trabalho sindical.

Foi por essa razão que os sindicatos filiados e os núcleos de base da CTB pautaram, nas assembléias de aprovação da minuta de reivindicações 2009, Brasil afora, modificações substanciais no texto original. Mudanças como a elevação do índice de reajuste a um patamar mais justo (inflação+10%); a necessidade da recomposição das perdas salariais desde o plano Real; a isonomia plena entre novos e antigos; e a contrariedade ao acordo de 2 anos.

Na visão da CTB, são as assembléias de base que detém o poder de fato de decidir os rumos da categoria e seus sindicatos. Não devendo, a base, ficar reféns de questionários ou pesquisas contratadas, mas opinando e votando naquilo que realmente é seu desejo.

Mas nem todos pensam dessa maneira. Após a assembléia de 29 de julho, a diretoria executiva do Sindicato dos Bancários de Curitiba, órgão composto exclusivamente por membros da CUT, decidiu romper, unilateralmente, o acordo construído em 2008. Assim, resolveram cassar a liberação do companheiro Jefferson Tramontini (único TB liberado no estado), que também é dirigente da CTB-Paraná. Sem nenhuma cerimônia, rapidamente convocaram uma assembléia para esta quarta-feira, dia 19 de agosto, por exigência estatutária. Obviamente, pelo curto tempo, essa assembléia será muito mal convocada, pois, certamente, a maior parte da base não será comunicada.

Segundo as palavras do presidente do sindicato, a campanha salarial deste ano não será baseada nas questões econômicas. Esse é o conflito. A CTB buscou colocar o salário de cada bancário no centro da campanha. Assim, com o falso argumento de uma suposta “quebra de confiança”, a direção majoritária do sindicato (CUT) quer tentar calar as vozes que discordam, que tentam elevar a luta da categoria a um novo patamar.

Para impedir que o Sindicato dos Bancários de Curitiba tenha essa postura anti-democrática, a CTB chama todos os bancários e bancárias a defender a liberdade de expressão, comparecendo à assembléia dia 19 de agosto, mostrando à diretoria da entidade que o movimento se constrói com pluralidade, respeito às diferentes opiniões e democracia.

CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

Ramo Financeiro

Núcleo Sindical de Base - Curitiba e Região

Acesse, na íntegra, o boletim do Núcleo Sindical de Base da CTB – Bancários de Curitiba

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sexta-feira, 10 de julho de 2009

2º Encontro Nacional do Ramo Financeiro

Preparando a ação da central na campanha salarial dos bancários desse ano, num cenário que promete intensa luta da categoria, a CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - convocou o 2º Encontro Nacional do Ramo Financeiro.

A atividade, que promete intensos debates políticos e organizativos, acontecerá em São Paulo, no próximo dia 17 de julho (sexta-feira).

Além da preparação dos bancários classistas para a campanha salarial que se inicia, o Encontro traçará as estratégias e ações para o período 2009/2010 e elegerá a nova coordenação nacional do ramo.

Confira a pauta do Encontro:

1 – Estratégia da campanha salarial dos bancários 2009

2 – Conferência Nacional dos Bancários

3 – Eleição da Coordenação Nacional do Ramo Financeiro da CTB

4 – Plano de Ação 2009/2010

Participe:

2º Encontro Nacional do Ramo Financeiro da CTB

17 de julho de 2009 – sexta

Auditório do Sintaema

Av. Tiradentes, 1323

Estação Armênia do Metrô

São Paulo - SP

Fonte: Bancários Classistas

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

10 MIL NO RIO EM DEFESA DA PETROBRÁS

A marcha em defesa da Petrobras e por uma nova legislação para o setor teve início na Praça da Candelária e seguiu pela Av. Rio Branco até a sede da Petrobras, na Av. Chile, onde os cerca de 13 mil manifestantes deram um abraço simbólico no prédio da empresa.
A atividade foi convocada pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Federação Única dos Petroleiros (FUP), e teve a presença de diversas organizações dos movimentos sociais, entre elas CGTB, MST, UNE, ABI, Conam, diversos sindicatos como Sindipetro, Metalúrgicos do RJ e Bancários; além de parlamentares federais, estaduais e vereadores.
Maurício Ramos, presidente da CTB-RJ, denunciou que a CPI da Petrobras tem o objetivo de impedir o projeto de desenvolvimento do país. "Nestes dois mandatos do presidente Lula, o Brasil voltou a crescer. E a Petrobras tem um papel importante. Ela voltou a construir e a gerar emprego. A turma do FHC quer impedir o país de crescer. Quer impedir o desenvolvimento de maneira irresponsável, em um momento que o mundo enfrenta uma crise".
"É uma postura anti-povo! Recentemente, a Petrobras decidiu arrendar um estaleiro em que os trabalhadores estão há cinco meses sem receber os salários. A empresa quer construir plataformas. Mas estão dificultando essa saída", disse Mauricinho.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Alex dos Santos, "a Petrobras é o carro chefe do desenvolvimento do Brasil. O DEM e o PSDB querem desestabilizar o país. Não podemos permitir isso! O povo está nas ruas porque acredita que a Petrobras é nossa! Não iremos abrir mão do que é nosso. E que foi conquistado com muita luta".
Para Alex, "a Petrobras tem importante papel na construção de um país mais justo, e, sobretudo, soberano. Essa é sua vocação".
Divanilton Pereira, membro da direção executiva nacional da CTB e dirigente da FUP, declarou ao Portal CTB que os trabalhadores não admitirão “que Petrobras seja instrumentalizada em função de disputas eleitorais que, na verdade, é o que tem feito a oposição no Congresso Nacional. A Petrobras tem garantido que a crise internacional não atinja a população, como está ocorrendo em outros países". O dirigente declarou ainda que os petroleiros irão "denunciar todos os movimentos que visam atingir o desenvolvimento da empresa”.
Mauricio Azedo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), lembrou que foi no auditório da entidade que teve início a campanha O Petróleo é Nosso. "Foi uma idéia vitoriosa, que resultou na lei 2004/53. A ABI apoia todo esforço e mobilização em defesa da soberania nacional".
Azedo ainda criticou a grande imprensa: "Temos que multiplicar isso. Vencer a barreira da desinformação, que também é a nossa luta", disse.
Fonte: Portal CTB

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quinta-feira, 28 de maio de 2009

DIEESE: EMPREGO SOBE E RENDA CAI

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país subiu de 15,1% para 15,3% em abril, de acordo com informações do Dieese. O contingente de desocupados no universo da pesquisa somou 3,079 milhões, 69 mil a mais do que em março. A massa do rendimento dos trabalhadores e trabalhadores caiu 1,6% em março.

A taxa de desemprego aberto (formada pelos que procuraram emprego nos últimos 30 dias) passou de 10,5% para 10,9%, enquanto a do desemprego oculto (que compreende os que desistiram de procurar um novo posto de trabalho e subempregados) caiu de 4,6% para 4,4%, refletindo a evolução da taxa de participação, de 60,7% para 61%.

Setores

A pesquisa aponta a criação de 52 mil postos de trabalho no mês, número que se revelou “insuficiente para absorver a entrada de 122 mil pessoas no mercado de trabalho, o que resultou no acréscimo de 69 mil pessoas ao contingente de desempregados. O total de ocupados nas seis regiões investigadas foi estimado em 17,016 milhões e a População Economicamente Ativa, em 20,095 milhões.

Em termos setoriais, o nível ocupacional cresceu nos Serviços (criação de 79 mil ocupações, ou aumento de 0,9%) e na Construção Civil (33 mil ocupações a mais, ou 3,3%), manteve-se praticamente estável no Comércio (-5 mil postos de trabalho, ou -0,2%) e no agregado Outros Setores (-2 mil, ou -0,1%) e diminuiu na Indústria (eliminação de 53 mil ocupações, ou -2,1%). Em março, no conjunto das regiões pesquisadas, os rendimentos médios reais de ocupados e assalariados apresentaram pequenos decréscimos (0,8% e 0,3%, respectivamente) e passaram a valer R$ 1.203 e R$ 1.272.

Renda declina

O rendimento médio real dos ocupados diminuiu em Recife (3,1%, passando a valer R$ 739), Belo Horizonte (2,5%, R$ 1.163), Distrito Federal (2,2%, R$ 1.827) e, em menor medida, em São Paulo (0,6%, R$ 1.238). Cresceu em Salvador (3,0%, R$ 1.002) e Porto Alegre (0,7%, R$ 1.216).

No conjunto das regiões pesquisadas, a massa de rendimentos dos ocupados diminuiu 1,6% e a dos assalariados 0,9%. Para os ocupados, esse desempenho refletiu a redução do nível ocupacional e dos rendimentos médios, enquanto para os assalariados deveu-se, principalmente, ao decréscimo do nível de emprego.

Por posição na ocupação, houve pequena variação positiva no assalariamento total (0,3%), como resultado do aumento do emprego público (2,5%), uma vez que o assalariamento privado permaneceu praticamente estável (-0,1%). Neste último segmento, diminuiu o contingente de assalariados com carteira de trabalho assinada (-40 mil, ou -0,5%) e aumentou o dos sem carteira (26 mil, ou 1,5%). Cresceu o número de trabalhadores autônomos (1,3%) e reduziram-se os contingentes classificados nas demais posições (1,0%) e de trabalhadores domésticos (0,7%).

Fonte: Portal CTB

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

CONTINUA A GREVE DOS PROFISSIONAIS DA CAIXA

Impera na direção da Caixa Econômica Federal e em setores do governo ainda a lógica da exploração máxima dos trabalhadores.

Isso tem se comprovado nas diversas negociações ocorridas nos últimos anos em que, a Caixa sempre se posiciona de forma taxativa em não ceder em nada às reivindicações dos empregados, e mais que isso, descumprindo os acordos assinados.

Muitos são os exemplos recentes dessa postura truculenta da Caixa, como nas negociações sobre o PCS da carreira administrativa, sobre as promoções por merecimento, sobre as questões dos aposentados, sobre o Saúde Caixa, sobre a isonomia entre novos e antigos. Em todos esses casos, a empresa procurou portar-se como um mero banco privado, de mercado, contrapondo-se a qualquer reivindicação dos trabalhadores e buscando, a todo custo, eliminar conquistas e arrefecer o espírito de luta dos empregados da Caixa.

A mais recente trata do Plano de Cargos e Salários (PCS) da carreira administrativa, que congrega, entre outros, engenheiros, arquitetos e advogados. A Caixa insiste em apresentar uma proposta de tabela salarial que, além de ser muito aquém dos anseios da categoria, ainda não soluciona os graves problemas existentes, como a questão da jornada de trabalho de 6h, as dificuldades e impedimentos de migração para a nova tabela, a isonomia, entre outras.

Ao longo do processo, a Caixa apenas maquiou a mesma proposta ruim já realizada, tentando chantagear esses trabalhadores que, entre outras atividades, são responsáveis pela aplicação dos recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.

Os empregados da carreira profissional, mostrando muita determinação e disposição de luta, cruzaram os braços desde 28 de abril, construindo uma forte greve nacional que já avança pelo 23º dia.

Como se não bastasse a intransigência em negociar, a Caixa, mais uma vez, ajuizou um dissídio junto ao TST, tentando arrefecer a greve. Mais uma vez, a tática da diretoria da Caixa foi um fracasso. A greve, mesmo já se prolongando, não diminui.

O Ministro João Oreste Dalazen, do TST, fez uma tentativa de conciliação nesse dia 18 de maio que chegava a 31% de reajuste no piso salarial e obrigou as partes a retomarem as negociações que continuaram sem avanços em rodada dia 19. Nova audiência está marcada para dia 20 de maio.

Com o impasse, a greve continua.

Os empregados da carreira profissional, que totalizam cerca de 2.500, dos cerca de 80mil empregados da Caixa não pretendem a ceder às chantagens da empresa e mostram disposição de prosseguir em luta.

Nos últimos anos a Caixa tem tentado dividir os empregados em segmentos distintos, enfraquecendo o conjunto do movimento. Essa greve nos prova que é necessário a unidade.

A campanha salarial dos bancários de 2009, que está em seus primeiros acenos, promete grandes embates em grandes demandas. O caminho é a unidade da categoria e, na Caixa, dos empregados das carreiras administrativa e profissional em uma só frente de batalha, pois as questões fundamentais reivindicadas são as mesmas.

Proposta da Caixa*       Proposta do TST*

Níveis:       36                   não trata

Variação: 51%             38%

Piso:        R$5.700            R$6.600

Teto:         R$8.621          R$9.117

*Não tratam das demais reivindicações

 

Fonte: Bancários Classistas

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segunda-feira, 18 de maio de 2009

1º DE MAIO: DIA DO TRABALHO OU DO TRABALHADOR?

Jefferson Andrade* 

Há algum tempo temos visto um crescimento sem precedentes de referências ao dia 1º de maio como “dia do trabalho”, tanto na imprensa, em agendas oficiais e até mesmo na marcação de calendários ao referir-se à razão do feriado.

 

Não raro, inclusive, vemos alguns apresentadores de televisão, jornais e rádio, comentaristas, políticos e palpiteiros em geral, fazendo piada sobre “o dia do trabalho” ser feriado. E também não raro, vemos esses mesmos fazendo piada sobre “o brasileiro não querer trabalhar nem mesmo no ‘dia do trabalho’.”.

 

De outro lado, vemos o cada vez mais despolitizado e esvaziado movimento sindical brasileiro deixar de lado as tradicionais manifestações dessa data, substituindo-as por festas com patrocinadores privados, ou fazendo precárias, esvaziadas e escassas manifestações, sempre em lugares escondidos, deixando de apontar ao grande público essa data como tendo algum outro significado.

 

Isso nos leva à pergunta título desse texto: é dia do trabalho, ou do trabalhador?

 

O momento histórico que marca a data de 1º de maio ocorre na cidade de Chicago, maior centro industrial dos Estados Unidos, no ano de 1886.

 

Naquele tempo os trabalhadores estadunidenses eram submetidos a um regime de trabalho sem qualquer tipo de garantia, com jornadas de 16 horas diárias. E foi essa a razão que levou milhares de trabalhadores às ruas naquele 1886, em grandes manifestações, organizadas no final de abril realizadas a partir de 1º de maio.

 

A principal reivindicação dos manifestantes era a redução da jornada de trabalho das 16, para 8 horas diárias, o que era visto com grande reprovação pelos empresários e pelo governo, que consideravam um absurdo querer retirar das fábricas metade de sua produtividade, tornando o custo das empresas impraticável.

 

Aquelas manifestações nas ruas de Chicago foram violentamente reprimidas pelo aparato oficial, tendo a polícia assassinado, oficialmente, 12 trabalhadores. Ao final do ciclo de manifestações, somou-se a esse trágico saldo centenas de feridos e, sobretudo, 5 trabalhadores, tidos como líderes daquele movimento, enforcados.

 

Estima-se, no entanto, que além dos 12 executados e 5 enforcados, dezenas de outros trabalhadores tenham sido mortos nos confrontos com a polícia. Mas suas mortes jamais foram reconhecidas oficialmente.

 

Essa série de assassinato de trabalhadores que lutavam pela redução da jornada de trabalho e melhoria de suas condições laborais levou, em 20 de junho de 1889, a Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, a declarar o dia 1º de maio como Dia Internacional de Luta Pela Jornada de 8 Horas, com manifestações sendo convocadas em todo o mundo.

 

Como fruto dessas mobilizações, já em 1890 o Senado estadunidense termina por aprovar a lei de redução da jornada de trabalho, instituindo a jornada de 8 horas diárias. No entanto, a história do 1º de maio ainda continuava pelo mundo.

 

Em 1891, na manifestação convocada pela Segunda Internacional Socialista, no 1º de maio na França, a reação policial é de extrema violência. Resultado da violência do Estado contra a manifestação foi a morte de pelo menos 10 manifestantes, o que acaba por reforçar a data como dia internacional de mobilização dos trabalhadores.

 

Nesse rumo, o 1º de maio como data de luta ganha força em todo o mundo, marcado por numerosas e grandes manifestações de luta por melhoria nas condições de trabalho, melhoria nos salários e redução da jornada de trabalho.

 

Esse histórico de mobilizações levou, apenas em 1919, o Senado francês a retificar a jornada de trabalho de 8 horas. No mesmo ato, o Senado francês institui o 1º de maio desse ano como feriado.

 

Mas foi apenas em 1920, na recém nascida da revolução operária, União Soviética, que o 1º de maio é instituído como feriado nacional todos os anos.

 

Nesse tempo, e também até anos mais tarde, o 1º de maio foi marcado por diversas manifestações e milhares de trabalhadores assassinados em todo o mundo, inclusive no Brasil, a partir da primeira greve geral, em 1917.

 

Hoje, o 1º de maio é reconhecido em quase todos os países do mundo como feriado internacional, em homenagem ao Dia do Trabalhador, homenagem a todos aqueles que lutaram e morreram nas lutas pela redução da jornada de trabalho, melhoria das condições laborais e salários dignos. Tal reconhecimento é feito inclusive pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), em decisão ratificada por quase todos os países do globo.

 

Dois dos poucos países cujos governos não reconhecem o 1º de maio como dia do trabalhador são Estados Unidos e Austrália. O primeiro porque se recusa a reconhecer a arbitrariedade e a violência de seus atos em 1886, bem como a legitimidade daquele movimento. O segundo, porque tem a homenagem ao trabalhador em diferentes datas, variando em diversas regiões do país, por diversas razões locais.

 

Por essa razão, deixar de reconhecer o 1º de maio como Dia do Trabalhador, chamando-o de “Dia do Trabalho”, é como tornar a assassinar, desta vez a alma e a memória, de todos aqueles que lutaram e morreram, para que hoje os trabalhadores pudessem ter um pouco de dignidade e uma jornada de trabalho um pouco menos desumana.

 

1º de maio é Dia do Trabalhador. Que disser o contrário está a cometer um verdadeiro crime contra a humanidade.

Jefferson Andrade é autor do blog Pensamento Crítico 

Fonte: Pensamento Crítico

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