quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cuba vibra na voz de seu futuro

Oscar Sánchez Serra

O povo, unido, revolucionário, socialista e fidelista, agitou suas bandeiras de combate e gritou vivas à Revolução, a Fidel, a Raúl, ao Partido e ao seu Congresso, iniciado neste dia de marcha, como sinal inequívoca de que este é o Partido da Nação, o Partido do Povo.

Que diferente esta manhã de 16 de abril daquela de há 50 anos! Na época, a Pátria tinha sido invadida, mas vitoriosa ontem e hoje, exclamou novamente, como o fez o comandante-em-chefe ao despedir as vítimas do covarde ataque aos aeroportos de 15 de abril de 1961, Viva o socialismo!

Por esse socialismo, por essa Revolução dos humildes, com os humildes e para os humildes, Cuba vibrou na voz de seu futuro. "Os jovens saberemos defendê-la, porque o guia foi certo", disse numa mensagem clara ao imperialismo, que não só foi derrotado na Baía dos Porcos, mas que também foi testemunha dos mais de 50 anos de vitórias de um povo consequente com sua história, sob cujos princípios e exemplo constrói o futuro.


A Praça da Revolução, sempre presidida por José Martí, pelos invencíveis comandantes Camilo Cienfuegos e Ernesto Che Guevara, com a convicção de Pátria ou Morte! Venceremos!, demonstrou esse futuro no desfile militar e popular por ocasião do 50º aniversário da vitória na batalha da Baía dos Porcos e da proclamação do caráter socialista da Revolução.

Depois de o chefe das tropas, general-de-divisão Onelio Aguilera Bermúdez, ler o relatório, o general-de-corpo de exército Álvaro López Miera ordenou ao corneteiro o toque de silêncio e as 21 salvas em homenagem aos tombados, e a seguir o desfile.

A cavalaria de mambises (insurretos na época colonial), com seus facões na mão, símbolo e semente de nosso heroico e combativo povo foi a que deu início à marcha. Depois, apareceu o iate Granma, não sobre ondas encrespadas, mas sobre calmas águas, onde navegaram aqueles 82 homens que entregaram suas vidas a esta nação. O mar, sobre o qual o iate continua avançando, são os pioneiros que, com lenços azuis, manterão a proa rumo a um futuro de paz e soberania.

O SAU-100 e o T-34, os mesmos tanques que receberam e executaram a ordem do comandante-em-chefe de molhar suas rodas nas costas da Praia Girón, para ali desferir um duro golpe no imperialismo, da mão do próprio Fidel Castro, disparando contra as embarcações que tentaram agredir a Pátria, estiveram na Praça da Revolução, em defesa da Revolução democrática e socialista.

Foram seguidos pelos jovens que representaram as colunas no. 1 e 2 do Exército Rebelde, da Escola de Responsáveis pelas Milícias, do Batalhão da PNR, que lutaram na Baía dos Porcos há 50 anos; à frente deles, os mesmos combatentes e chefes daquela gesta heroica que, em 66 horas derrotaram o imperialismo na Baía dos Porcos.

Estavam também os alfabetizadores, porque, em meio aos combates de abril de 1961, eles travavam a primeira grande batalha da Revolução em prol da educação de todo o povo. A frase Cuba, estudo, trabalho, fuzil, ressoou na Praça da Revolução, que viu seu povo culto e, consequentemente, livre, como dissera o Apóstolo José Martí. Exatamente essa vanguarda da Revolução é que queria derrotar a invasão inimiga. Apesar da metralha, eles cumpriram e Cuba foi o primeiro território livre de analfabetismo da América.

Colmeia, minha pequena colmeia, abelhinhas laboriosas... As crianças cubanas, fruto daquela alfabetização, dos que morreram heroicamente na gesta pela independência contra o colonialismo espanhol, no ataque ao quartel Moncada, na batalha da Baía dos Porcos, ratificaram com firmeza que são a esperança e o futuro da Revolução, ao exclamar de viva voz: "Fidel, diga-nos que outra coisa temos de fazer".

A revista militar por ocasião do 50º aniversário da vitória na Baía dos Porcos e da proclamação do caráter socialista da Revolução sobressaiu por sua marcialidade, sincronismo e disciplina.

Meios de combate projetados e modernizados pela indústria nacional, em perfeito estado de conservação e de disposição combativa, impregnaram a Praça da Revolução de firmeza e confiança no povo.

Cuba mostrou sua técnica e sua convicção de defender cada porção do território nacional, cumprindo assim a máxima de jamais descurar a defesa da Revolução, sabendo de que, quem não o fizer assim, não sobreviverá ao erro.

Nossas tropas abriram caminho ao povo, o mesmo que não hesitará, como já o demonstrou a história da Pátria, em trocar os lápis e postos de trabalho pelo fuzil para salvaguardar as conquistas de uma Revolução que constitui um exemplo para o mundo inteiro.

Na Praça da Revolução, que é de todos os revolucionários, marcaram presença os combatentes do ataque ao quartel Moncada, da expedição do iate Granma, do Exército Rebelde, da luta clandestina, das gestas de nosso internacionalismo, familiares dos tombados em defesa da Pátria Socialista, alfabetizadores, familiares dos Cinco heróis, presos injustamente em cárceres dos Estados Unidos, que bem como a Pátria unida, puderam assistir nesta bela manhã de Revolução como os jovens tornavam realidade as palavras do general-de-exército, quando expressou:

"Milhares de jovens — que são a garantia da continuidade da Revolução — representando as novas gerações, fecharam a revista militar. Esta comemoração será dedicada a nossa juventude, que nunca deixou de apoiar a Revolução."

"Jovens foram aqueles que tombaram no ataque ao quartel Moncada e de Bayamo, jovens foram os que se revoltaram em Santiago de Cuba, sob a liderança de Frank País, jovens foram os expedicionários do iate Granma, que após a debacle de Alegría de Pío, formaram o Exército Rebelde, fortalecidos também por ondas de jovens do campo e da cidade, em primeiro lugar, o reforço de Santiago de Cuba, organizado pessoalmente e enviado pelo próprio Frank; jovens foram os membros do poderoso movimento clandestino de todas as organizações; jovens foram os valorosos combatente que participaram do assalto ao Palácio Presidencial e à emissora Rádio Reloj, em 13 de março de 1957, liderados por José Antonio Echeverría; jovens foram os que combateram heroicamente na Baía dos Porcos; jovens e adolescentes aderiram à campanha de alfabetização nesse mesmo ano, há também 50 anos; jovens foram também a maioria dos combatentes na luta contra os bandos mercenários organizados pela CIA até 1965; jovens foram os que protagonizaram belas páginas de coragem e estoicismo nas missões internacionalistas em diversas nações, particularmente, ajudando os movimentos de libertação da África; jovens são nossos Cinco heróis, que arriscaram a vida lutando contra o terrorismo e há mais de 12 anos que permanecem em cruel prisão (Aplausos); jovens são os milhares de colaboradores cubanos que salvam a vida humana, curando doenças erradicadas em Cuba, apóiam programas de alfabetização e difundem a cultura e a prática do esporte para crianças e adultos em muitos países do mundo."

"Esta Revolução e obra do sacrifício da juventude cubana: dos jovens operários, camponeses, estudantes, intelectuais, militares; de todos os jovens nas épocas em que lhes coube viver e lutar. Por isso, dedicamos esta comemoração aos nossos jovens. Esta Revolução será levada para a frente pelos jovens, cheios de otimismo e de confiança na vitória. 



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