Expresso: Liberdade para quem meteu a mão em R$1,5 bilhão

O Brasil possui a 3ª maior população carcerária do mundo. Cadeias superlotadas, condições desumanas, presos sem condenação, gente que já cumpriu pena e continua detido, e todo tipo de mazelas provocadas pela justiça brasileira, que faz de conta que é cega, mas enxerga bem os pobres e faz vista grossa para os ricos. O fato é que o sistema prisional brasileiro, além de deficitário é ineficiente, não serve para reeducar os condenados. E como não serve, a justiça do RJ decidiu que é melhor para a ressocialização, para o condenado aprender a fazer tudo certinho, que ele tenha sua pena reduzida e a cumpra em casa. E assim o fez com ninguém menos que Salvatore Cacciola, dono do banco Marka, condenado por diversos crimes, entre eles desvio de dinheiros público. Ele deve cerca de R$1,5 bilhão aos cofres públicos.

Cacciola saiu de Bangu 8 para uma nova "cela" em um condomínio de luxo, na Barra da Tijuca, no Rio. Deve ser melhor para o preso refletir sobre sua dívida para com a sociedade. Continua a velha máxima, se você roubar pouco, como um pote de margarina, mofará na cadeia; mas se roubar muito, como Cacciola e companhia, terá direito a fugir do país, ser preso em Mônaco, ir para prisão especial, ter regalias como lagosta e ainda poder cumprir sua "pena" em sua própria mansão. Até quando?