"Mea culpa" do governo reabre diálogo com centrais
O governo federal reabriu diálogo sobre a política industrial do país com as centrais sindicais nesta quinta-feira (4), durante reunião realizada em Brasília. A grande surpresa da reunião foi a presença da presidenta Dilma Rousseff, que chegou a fazer um “mea culpa” pela ausência dos representantes dos trabalhadores nessa discussão.
A reunião em Brasília aconteceu um dia depois do grande ato realizado em São Paulo pela CTB e mais quatro centrais (CGTB, NS, Força e UGT), com a participação de mais de 80 mil pessoas. No começo da semana, o governo anunciou o “Plano Brasil Maior”, com o propósito de consolidar a nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior do país.
Para Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, a reunião em Brasília foi positiva. “A inesperada participação da presidenta Dilma teve uma repercussão positiva. Primeiro, porque Dilma admitiu que o governo tratou com desatenção o movimento sindical no debate desse Plano; segundo, porque ela reafirmou o compromisso do seu governo de manter uma relação democrática com as centrais sindicais e ouvi-las sempre que os interesses dos trabalhadores estiverem em jogo”, afirmou.
O dirigente cetebista destacou também a preocupação demonstrada pela presidente em relação à crise internacional. Segundo Nivaldo Santana, ela ressaltou a importância de o Brasil dispor de um mecanismo de defesa comercial contra o que está por vir.
Diálogo reaberto
Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, também foram chamados a participar da reunião, que foi coordenada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Os representantes das centrais sindicais aceitaram as explicações da presidenta, mas não se furtaram a fazer críticas ao Plano.
Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, também foram chamados a participar da reunião, que foi coordenada pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho
Em nota, a CTB externou sua opinião a respeito do Plano, caracterizando-o como insuficiente para as demandas do país. O texto define as propostas como “equivocadas, pois não resolvem os problemas do processo de desindustrialização do país e ainda agravam, futuramente, o equilíbrio da previdência social”.
Fonte: CTB
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