sexta-feira, 20 de junho de 2008

CAIXA APRESENTA NOVA PROPOSTA DE PCS

A Caixa Econômica Federal, reunida com a comissão dos empregados, apresentou uma proposta de novo Plano de Cargos e Salários (PCS) no último dia 18.

Não custa lembrar que a direção da Caixa representa, nesse caso, o governo federal. Outro dado é que o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais Federais (DEST) é órgão do Ministério do Planejamento, portanto, subordinado ao petista e ex-funcionário do Banco do Brasil, Paulo Bernardo.

A proposta apresentada é menos pior que a anterior. A Caixa reduziu de 72 para 48 a quantidade de referências da nova tabela e, ao invés, de compensar os anos sem promoção por merecimento, inclusive para os Técnicos Bancários (pós-98), resolveu pagar um indenização. Outro fato importante é que a Caixa insiste em não possibilitar o ingresso no novo PCS de cerca de 12 mil empregados que não saldaram o antigo plano de benefícios da Funcef. A Caixa (governo) também não abre mão de que a nova promoção por merecimento anual possa ser zero.

Com isso, a Caixa (governo), ao invés de implantar uma política decente de valorização daqueles que executam as principais políticas públicas federais, incluindo o Bolsa-Família e o PAC, decide dividi-los.

Essa proposta, da forma como está, divide os empregados da Caixa, que conquistaram juntos a unificação do PCS em 2007, em 3 pedaços. Um pedaço excluído, composto pelos 12 mil empregados que não saldaram o antigo plano de benefícios da Funcef. Outro pedaço, cerca de 25 mil escriturários que fizeram o saldamento e que têm ganho imediato com o anuênio (ATS), uma vez que este passará a incidir sobre o salário-padrão mais as vantagens. E um terceiro pedaço são os aproximadamente 37 mil Técnicos Bancários, contratados a partir de 1998, com salários e direitos reduzidos, que não terão nenhuma diferença nos seus vencimentos e ficarão apenas com a perspectiva de um dia, se a promoção por merecimento não for zero, quem sabe, ter um salário razoável, talvez não muito longe do lindo teto salarial de R$3.700,00.

A tal indenização, que na verdade é uma tentativa de calar a boca dos empregados, também é diferenciada, segundo a Caixa em uma ponderação de progressão na carreira e tempo de serviço. Segundo o cálculo, os escriturários receberão entre R$4.800,00 e R$8.000,00, já os Técnicos Bancários, entre R$311,00 e R$2621,00, sendo que a grande maioria destes não passará de R$1.178,00.

Continua vigorando a lógica de achatar os salários dos empregados para garantir a transferência de lucros para o superávit primário. Nesta segunda (23/6) é dia de mobilização nacional e o que deve acontecer é que os sindicatos deverão circular pelas unidades da Caixa “esclarecendo” a proposta e convocando as assembléias que acontecerão em todo o país no próximo dia 26 (quinta-feira).

Até lá todos teremos tempo para refletir sobre o que significa essa proposta da Caixa (governo) e termos consciência de que somos todos empregados da Caixa, todos somos a Caixa. Que prestamos um serviço fundamental para o desenvolvimento do Brasil e o que reivindicamos não nada mais do que o justo.

Confira como fica o NOVO PCS segundo a proposta da Caixa

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