GREVE NOS CORREIOS: VITÓRIA DOS TRABALHADORES
Após 21 dias de paralisação e dando um exemplo de união, os trabalhadores em Correios e Telégrafos decidiram em assembléia realizada nos Estados pelo fim da greve. A categoria aceitou o acordo fechado na reunião de sábado (19), com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, Federação dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) e representantes da direção da empresa.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect), os Estados de Alagoas, Acre, Amazonas, Bahia, Campinas (SP), Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Ribeirão Preto (SP), Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Santos, São José do Rio Preto (SP), São José dos Campos (SP) e Sergipe já haviam aprovado o acordo com a empresa, até as 16 horas e 30 minutos desta segunda-feira (21), de forma que, oficialmente, a greve está encerrada.
Papel da CTB
Para Zélia dos Santos, diretora da CTB e secretária de Finanças da Fentect, a luta foi árdua mas demonstrou a união e espírito de luta da categoria “Foi uma grande vitória para os trabalhadores e nesse processo todo a CTB desempenhou um papel muito importante. Nossos companheiros (CTB) participaram de forma decisiva, conduzindo o processo com muita coerência e responsabilidade”, declara. A CTB dirige os maiores sindicatos da categoria no país, como São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.
O acordo
A proposta prevê pagamento, em definitivo, de 30% do salário-base para 43 mil carteiros que trabalham na distribuição e coleta externa, a título de adicional de atividade, retroativo a junho de 2008. O acordo prevê ainda que os demais trabalhadores da categoria que exercem funções na distribuição e no atendimento em guichês de agências a empresa continuarão recebendo o valor fixo de R$ 260,00.
Sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários de 2008, o acordo determina a volta da discussão
Vitória da união
No boletim da Fentect, os sindicalistas afirmam que o encontro deixou "clara a intenção de alguns dirigentes da empresa de querer desmoralizar o movimento sindical, levando o ministro a acreditar que a ECT estava cumprindo o Termo de Compromisso na integra e que os trabalhadores é que estávamos agindo de forma irresponsável".
Contudo, os trabalhadores reconheceram o esforço do governo para dar fim ao impasse. "Avaliamos que a intervenção de Lula foi decisiva para o recuo tanto do presidente dos Correios quanto do ministro das Comunicações", observa Nilson Rodrigues dos Santos, secretário-geral do Sintcom-PR. "Tivemos um contato direto com Lula logo nos primeiros dias de greve. E ele se mostrou contrariado com o fato de o termo de compromisso ter sido descumprido."
Fonte: Portal CTB
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