13 de maio: dia de comemorar a liberdade

Mais uma vez o 13 de maio, mais uma vez as comemorações. Discretas em alguns locais, mais festivas em outras, muitas reflexões e constatações.

É verdade que passados 123 anos da Lei Áurea, que aboliu oficialmente a chaga da escravidão no Brasil, muitas coisas permanecem quase iguais. Afinal, após o fim do uso da mão-de-obra escrava, não foi oportunizado aos negros o acesso ao trabalho assalariado e a condições minimamente dignas de sobrevivência.

É verdade também que, nos últimos anos, temos avançado na questão da igualdade, mas muitos passos ainda têm que ser trilhados

Mas essa deve ser uma data de comemorações, pois também é um símbolo de liberdade.

Claro que a Lei Áurea apenas oficializou décadas de lutas de muitos, destacadamente da população negra, contra a exploração do trabalho escravo, mas ela nos serve de marco.

Simboliza, portanto, as lutas de milhares de homens e mulheres. Simboliza as disputas nos jornais, nos meios acadêmicos, nas ruas e praças. Simboliza a luta dos negros contra a desumanidade da escravidão, a resistência dos quilombos. Simboliza o combate à exploração.

Em última análise, o 13 de maio simboliza as lutas do povo trabalhador brasileiro, plural e único, por dias melhores, por liberdade, por dignidade.

Deveria ser feriado, pois é muito mais significativo que grande parte dos existentes. Dia de comemorações, além das reflexões necessárias, dia de lembrar dos que lutaram, dos que tombaram, de revigorar as forças para as batalhas vindouras. E muitas virão enquanto perdurar a exploração de homens por outros homens.

Comemoremos então.

Viva o 13 de maio!

Viva a liberdade!

Viva o povo brasileiro!