ATAQUE DE URIBE É AGRESSÃO DO IMPÉRIO
O último final de semana estremeceu a América do Sul.
Em ação criminosa, o narco-governo de Álvaro Uribe, títere dos EUA, violou o território do vizinho Equador e, com bombardeio e invasão por terra, assassinou o porta-voz e membro do secretariado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP), Raul Reyes.
O acampamento de Reyes, onde estavam aproximadamente 17 guerrilheiros, se encontrava cerca de
O narco-governo de Uribe rapidamente comemorou a morte daquele que era considerado o nº2 das FARC. A exposição do corpo de Reyes em Bogotá lembrou o assassinato de Che Guevara na Bolívia, mas em versão modernizada, como num big brother. Uribe contatou Rafael Correa, presidente do Equador, tentando justificar o crime de violação de território como um ato de legítima defesa. Correa rechaçou tal declaração, exigiu que a OEA condenasse Uribe pela violação do território equatoriano, deslocou tropas para a fronteira e fechou a embaixada
Países da Europa, como França, Itália e Espanha imediatamente condenaram o crime de Uribe. Chile, Argentina e Bolívia, de forma taxativa, condenaram o narco-governo colombiano e exigiram explicações convincentes. O governo brasileiro, com suas contradições, titubeou, demorou a se pronunciar, mas quando o fez também foi firme em sua declaração condenando o fato consumado da violação do território equatoriano. Apenas o governo dos EUA, o real governo da Colômbia, apoiou a ação provocadora e criminosa de Uribe.
Na OEA, com considerável dificuldade, chegou-se a um acordo. A resolução afirma que a Colômbia violou o Equador e criou uma comissão que investigará o episódio. Essa reunião da OEA mostrou claramente o enfraquecimento da influência dos EUA na América Latina. O governo fascista de Bush II e o narco-governo de Uribe ficaram isolados no continente.
O fato é que, com a deterioração cada vez mais acelerada do poder estadunidense na América Latina, o imperialismo tentará encontrar um caminho para retomar o controle sobre a região, como já o fez em outras épocas não tão remotas. E o que melhor que uma guerra provocada entre os vizinhos?
Com isso, o os EUA conseguiriam, de uma só tacada, retomar o controle político e econômico sobre os países da região; ganhar muito dinheiro com equipamento militar; arrasar a ainda frágil integração dos povos latino-americanos; varrer do mapa os governos progressistas democraticamente eleitos; e tomar o controle, pela força, da Amazônia.
A guerra só interessa aos EUA, ao grande capital internacional, e à reacionária burguesia existente em nossos países.
Por isso, sem deixar de condenar deforma decisiva o crime cometido pelo narco-governo de Uribe no Equador, a mando do império do norte, é necessário aos povos da América do Sul que se encontre uma solução pacífica e duradoura. Somente com a paz entre nós poderemos atingir o desenvolvimento de nossos países que atendam aos interesses de nossos povos trabalhadores.
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