quinta-feira, 6 de março de 2008

ATAQUE DE URIBE É AGRESSÃO DO IMPÉRIO


O último final de semana estremeceu a América do Sul.

Em ação criminosa, o narco-governo de Álvaro Uribe, títere dos EUA, violou o território do vizinho Equador e, com bombardeio e invasão por terra, assassinou o porta-voz e membro do secretariado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP), Raul Reyes.

O acampamento de Reyes, onde estavam aproximadamente 17 guerrilheiros, se encontrava cerca de 2 km da fronteira em território equatoriano, foi localizado obviamente pelo poder militar dos EUA, bombardeado enquanto seus ocupantes dormiam e, posteriormente, dois corpos foram recolhidos pelo exército colombiano. Três mulheres sobreviveram ao ataque e estão hospitalizadas em Quito, sob escolta do exército do Equador.

O narco-governo de Uribe rapidamente comemorou a morte daquele que era considerado o nº2 das FARC. A exposição do corpo de Reyes em Bogotá lembrou o assassinato de Che Guevara na Bolívia, mas em versão modernizada, como num big brother. Uribe contatou Rafael Correa, presidente do Equador, tentando justificar o crime de violação de território como um ato de legítima defesa. Correa rechaçou tal declaração, exigiu que a OEA condenasse Uribe pela violação do território equatoriano, deslocou tropas para a fronteira e fechou a embaixada em Bogotá. Hugo Chavez, da Venezuela, solidário ao Equador, também fechou a embaixada na Colômbia e deslocou tropas para a fronteira.

Países da Europa, como França, Itália e Espanha imediatamente condenaram o crime de Uribe. Chile, Argentina e Bolívia, de forma taxativa, condenaram o narco-governo colombiano e exigiram explicações convincentes. O governo brasileiro, com suas contradições, titubeou, demorou a se pronunciar, mas quando o fez também foi firme em sua declaração condenando o fato consumado da violação do território equatoriano. Apenas o governo dos EUA, o real governo da Colômbia, apoiou a ação provocadora e criminosa de Uribe.

Na OEA, com considerável dificuldade, chegou-se a um acordo. A resolução afirma que a Colômbia violou o Equador e criou uma comissão que investigará o episódio. Essa reunião da OEA mostrou claramente o enfraquecimento da influência dos EUA na América Latina. O governo fascista de Bush II e o narco-governo de Uribe ficaram isolados no continente.

O fato é que, com a deterioração cada vez mais acelerada do poder estadunidense na América Latina, o imperialismo tentará encontrar um caminho para retomar o controle sobre a região, como já o fez em outras épocas não tão remotas. E o que melhor que uma guerra provocada entre os vizinhos?

Com isso, o os EUA conseguiriam, de uma só tacada, retomar o controle político e econômico sobre os países da região; ganhar muito dinheiro com equipamento militar; arrasar a ainda frágil integração dos povos latino-americanos; varrer do mapa os governos progressistas democraticamente eleitos; e tomar o controle, pela força, da Amazônia.

A guerra só interessa aos EUA, ao grande capital internacional, e à reacionária burguesia existente em nossos países.

Por isso, sem deixar de condenar deforma decisiva o crime cometido pelo narco-governo de Uribe no Equador, a mando do império do norte, é necessário aos povos da América do Sul que se encontre uma solução pacífica e duradoura. Somente com a paz entre nós poderemos atingir o desenvolvimento de nossos países que atendam aos interesses de nossos povos trabalhadores.


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